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Estudante de Marau vence as Olimpíadas do Jovem Empreendedor 2024 Programa de incentivo ao empreendedorismo conta com o apoio da UPF e é promovido pelo Instituto Manager, empresa residente do UPF Parque

Foto: Assessoria de Imprensa UPF

A UPF recebeu na quarta-feira, 13 de novembro, uma das maiores movimentações de estímulo ao empreendedorismo entre estudantes do Rio Grande do Sul. O Manager Day, evento promovido pelo Instituto Manager, empresa residente no UPF Parque, marca o encerramento da edição de 2024 do Programa Jovem Empreendedor. Por meio da iniciativa, milhares de estudantes de 12 a 18 anos de todo o Estado aprenderam sobre empreendedorismo e criaram soluções inovadores com base em demandas locais. Essas ideias passaram por fases municipais e regionais, e chegaram à grande final no Manager Day, que incluiu as Olimpíadas do Jovem Empreendedor. O evento ocorreu no Centro de Eventos da UPF, que ficou lotado de jovens de diferentes regiões do Rio Grande do Sul.

A reitora da UPF, Bernadete Dalmolin, participou da abertura do evento, agradeceu a presença de todos e destacou o trabalho de gestores e empresas parceiras que ajudaram no desenvolvimento do projeto. “Foram semanas organizando esse evento, e cada momento que acontece hoje foi pensado na experiência de vocês. O estudante que vem aqui e apresenta a todas essas pessoas sua ideia de negócio, seu projeto, já é um vencedor. Mas, mais do que isso, queremos que vocês tirem essas ideias do papel e coloquem-nas em prática. E, claro, aproveitem e divirtam-se”, pontuou.

Pela manhã, os participantes acompanharam palestras com os empreendedores Gilson Trennepohl, presidente do Conselho Administrativo da Stara; e Miriam Almeida, proprietária da Procave Investimentos e Incorporações. Já na parte da tarde, os mais de 30 finalistas das Olimpíadas apresentaram pitches dos seus negócios, e uma comissão avaliadora elegeu as melhores iniciativas. Fizeram parte da comissão a representante do Google for Education Patrícia Aragão; a secretária de Inovação de Passo Fundo, Bárbara Fritzen; o advogado Fernando Lusa; a proprietária da Procave, Miriam Almeida; e a assessora de Inovação da Diretoria Executiva do Sicredi Integração dos estados de RS/SC/MG, Carolina Dariva.

Vencedores das Olimpíadas do Projeto Jovem Empreendedor

Os projetos que mais se destacaram foram os seguintes:

1º lugar – Projeto Dora Eyes – Marau – premiado com uma viagem ao escritório do Google Brasil, em São Paulo.

Pensado a partir de um sistema Bluetooth, visão computacional, Inteligência Artificial e Sistema Sonar, o Dora Eyes é um assistente pessoal vestível que auxilia deficientes visuais a identificarem objetos. A proposta é que o Dora seja os “olhos” dos usuários, guiando e mapeando todo o espaço em que eles estão, promovendo mais qualidade de vida às pessoas cegas.

2º lugar – Projeto Replast – Santo Expedito do Sul – premiado com um drone

A proposta do Replast é desenvolver uma máquina que transforma resíduos plásticos em tijolos. Para isso, o plástico é derretido e transformado em areia, que passa por outro mecanismo da máquina onde será modelada em formato de tijolo. A ideia é criar algo parecido com o que já existe no mercado atualmente na produção de tijolos de argila.

3º lugar – Projeto Autofarma – Farmácias São João – premiado com óculos de realidade virtual

O projeto Autofarma foi desenvolvido pensando na praticidade e flexibilidade do cliente em farmácias. A proposta é desenvolver uma máquina, no estilo vending machine, ligada a um formulário com interface, que direciona à opção mais segura, promovendo também rapidez e facilidade na hora da compra.

4º lugar – MG Agro App – Lagoa Vermelha – premiado com óculos de realidade virtual

5º lugar – S.A. Sensores – Mormaço – premiado com óculos de realidade virtual

Inspiração em casa

Juliane Vitória Rodrigues, de 15 anos, é a criadora do projeto Dora Eyes, vencedor das Olimpíadas do Programa Jovem Empreendedor. Ela estuda no nono ano do Ensino Fundamental de uma escola municipal de Marau, e a convivência com seu irmão Ismael foi a grande inspiração para o desenvolvimento do projeto. “Ter um irmão com deficiência traz vários desafios, ainda mais que ele tem deficiência visual e motora. Então, desde sempre é um cuidado especial, desde degraus, objetos pontudos… é difícil, mas não é impossível de lidar”, conta Juliane. Ao desenvolver o projeto, a estudante pensou justamente em facilitar a vida do irmão, com um equipamento capaz de mapear espaços e ajudá-lo a identificar objetos.

Juliane está em contato com diferentes empresas de software para tirar o projeto do papel. O passo seguinte será viabilizar a parte física, que será um dispositivo vestível.

Apoio da família

A mãe de Juliane, Doralice, e seu irmão Ismael estiveram presentes na final das Olimpíadas. Ismael conta que contribuiu ao longo de todo o processo de criação do projeto. “Ela fez bastante perguntas, me filmou e fotografou fazendo várias atividades de rotina. Daí isso ajudou ela a pensar no produto”, lembrou. Mesmo com concorrentes de todo o Estado, Doralice destaca que sempre acreditou no projeto da filha. “Ela estava confiante que ia ganhar, e a gente acreditou desde o começo. Nós colaboramos com tudo o que ela precisava, dando ideias, mostrando como eram as coisas”, salientou Doralice. A mãe da vencedora destacou ainda o potencial do projeto de ajudar muitas famílias que têm os mesmos problemas.

Visita ao Google traz novas perspectivas

Patrícia Aragão faz parte da área comercial do Google for Education, parceiro do Programa Jovem Empreendedor há várias edições. A convidada ressaltou que o Google surgiu na área da educação e apoia esse segmento de várias formas. Sobre a visita ao escritório da empresa, que será a premiação da autora do projeto vencedor, Patrícia acredita que será uma experiência transformadora. “O Google é uma empresa que tem cada parte do seu escritório projetada para ser uma experiência para quem trabalha lá, e os alunos veem e conseguem entender um novo mundo lá dentro. Eles visitam o YouTube, várias áreas do Google, é uma experiência que eles levam para vida inteira. Eles veem uma empresa diferente do mercado comum, uma maneira diferente de encarar o mercado”, descrevem Patrícia e o diretor do Instituto Manager, Anderson Detogni.

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