Cerca de 15 famílias que há duas semanas ocuparam um terreno que pertence à administração municipal de Passo Fundo, na rua Renato Souza Santos, no bairro Maggi De Césaro, foram retiradas do local na tarde de sexta-feira, 10, por uma equipe da secretaria municipal de Habitação. O secretário João Campos também esteve no local. A Brigada Militar foi chamada para que pudesse garantir a segurança dos funcionários da secretaria, que desmontaram os barracos que estavam sendo construídos. Apenas uma das famílias, que já estava com tudo pronto vai permanecer no local até a próxima segunda-feira, 13, prazo em que também terá que deixar o local.
Um dos ocupantes do terreno, Antônio Casanova, 28 anos, afirma que as pessoas que ali estavam não têm para onde ir e que logo que chegaram, os integrantes da equipe da secretaria de Habitação mandaram que todos desocupassem o local e que todos os barracos iriam ser demolidos. “Pediram também que as pessoas que quisessem levar a madeira embora, teriam que colaborar e desmontar as casas também porque senão, tido seria recolhido e levado”, conta. Ele diz também que o local está do mesmo jeito há bastante tempo e que a prefeitura nunca fez nada para atender à comunidade. “A prefeitura em sete anos não fez nada aqui e agora querem fazer”.
O secretário João Campos fala que realmente há um projeto para aquele local, que deve atender a toda a comunidade dos bairros Maggi de Césaro e César Santos e que o poder público trabalha sempre em prol do bem comum. Ele afirma também que seria uma irresponsabilidade da administração municipal deixar que as famílias ali se instalassem. “Dessa forma as famílias vivem em situação precária e não podemos deixar que isso aconteça. Além do mais, identificamos que somente uma família estava efetivamente morando no local, as outras ainda estavam construindo”.
Ainda segundo o secretário, a atual administração trabalha para fazer com que o déficit habitacional em Passo Fundo possa ser diminuido. “Muitas das pessoas que estavam construindo aqui, estavam fazendo para seu filho ou sua filha, mas não moram aqui. Hoje temos cerca de 10 mil famílias aguardando por uma moradia em Passo Fundo e estamos trabalhando em novos projetos para fazer com que esse número seja reduzido”, finaliza.