André Rosa, 53 anos, agrônomo e doutor em genética, fundador da Biotrigo, foi o palestrante da reunião-almoço da CDL. A empresa desenvolve cultivares de trigo e detém 70% desse mercado no Brasil. A trajetória do empresário teve inspiração na família, seu pai Otone Rosa, foi pesquisador e o primeiro diretor da unidade da Embrapa de Passo Fundo. Nascido na classe média, André experimentou as dificuldades do campo. Quando estudante de agronomia em Pelotas pernoitava numa casa sem energia elétrica para cuidar do gado na propriedade da família. Depois de formado trabalhou na empresa do pai, OR Sementes. Em 2008, com o irmão Otone Rosa Filho, fundou a Biotrigo, onde gerou 50 cultivares plantadas na América do Sul. Teve quotas na empresa Brasmax, em sementes de soja e parceria com a Bayer que levou tecnologia bio para os Estados Unidos. Ano passado, vendeu a empresa para a argentina GDM.
Ao falar a Planalto, sobre a razão da venda de uma empresa com 70% do mercado de genética de trigo, explicou que foi uma oportunidade de continuar o trabalho porque não há interesse na sucessão nas famílias dos dois sócios e tem 180 colaboradores que dependem da organização.
Não deixou de relatar o apoio das sementeiras parceiras, e também as decepções com outras que não pagaram seus royalties. Nessa trajetória teve que mover pelo menos 30 processos judiciais de cobrança.
A reunião teve a coordenação do presidente da CDL, Evandro Silveira e a presença de autoridades, dentre elas o prefeito Pedro Almeida.
