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GAECO/MPRS faz operação contra facção que movimentou mais de R$ 49 milhões com lavagem de dinheiro e agiotagem

Foto: divulgação

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS) deflagrou, nesta quarta-feira, 8 de outubro, a segunda fase da Operação El Patron. A ação ocorreu em três cidades, com o cumprimento de seis mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão. O foco foi o núcleo financeiro de uma organização criminosa que atuava a partir de Pelotas com lavagem de dinheiro, agiotagem e rifas, utilizando inclusive um aplicativo desenvolvido para gerenciar os lucros ilícitos. A investigação aponta que o grupo movimentou, por meio de laranjas, mais de R$ 49 milhões entre maio de 2022 e agosto de 2024.

Na nova fase da El Patron, o GAECO investiga 13 pessoas – cuja denúncia do MPRS contra elas foi aceita nos últimos dias pela Justiça – e buscou aprofundar a apuração com a apreensão de documentos, aparelhos eletrônicos e veículos incompatíveis com a renda declarada pelos criminosos. O promotor de Justiça Rogério Meirelles Caldas, coordenador do 10º Núcleo Regional do GAECO – Sul e responsável por toda a apuração, afirmou: “Esta segunda parte da investigação foi essencial para identificar os principais operadores do esquema, que utilizavam laranjas e empresas de fachada para ocultar o patrimônio”. Em relação às ordens judiciais, foram cinco mandados de busca e dois de prisão em Pelotas; outros cinco de busca e três de prisão em Charqueadas; e mais um de busca e um de prisão em Porto Alegre. Houve ordens judiciais em residências, sala comercial e presídios.

A operação desta quarta-feira, que contou com o apoio da Brigada Militar e da Polícia Penal, resultou, além das prisões, na apreensão de quatro veículos, celulares, dinheiro e documentos. O coordenador do GAECO no Estado, promotor André Dal Molin, também participou da ação. Já a primeira fase da Operação El Patron, teve início a partir da análise de celulares apreendidos na Operação Caixa Forte II, que visava desarticular o tráfico de drogas ligado a facções criminosas. Os dados revelaram um sofisticado esquema de lavagem de capitais, com reemprego dos lucros do tráfico em empréstimos ilegais, rifas e apostas. O grupo utilizava até um aplicativo mexicano para controlar as operações financeiras, simulando empresas de crédito formalizadas, mas com juros abusivos que chegavam a 280%, sempre com métodos de cobrança típicos do crime organizado.

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