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GAECO resgata documentos históricos da escravidão que eram divulgados nas redes sociais em Capão da Canoa

Foto: Grégori Bertó | MPRS

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), cumpriu mandados de busca e apreensão nesta sexta-feira, 25 de abril, em Capão da Canoa. A ação teve como objetivo resgatar documentos históricos do período da escravidão que estavam sendo divulgados e possivelmente comercializados por dois irmãos, conhecidos por vender livros raros pela internet. Os papéis, que deveriam estar sob guarda do poder público, foram identificados como de possível origem pública e serão encaminhados para análise técnica.

A operação foi coordenada pelo promotor de Justiça Rogério Meirelles Caldas, do 10º Núcleo do GAECO/Sul, com apoio do Arquivo Público do Estado e da Brigada Militar. A suspeita é de que os documentos sejam do século 19, originários do município de Rio Grande. Os irmãos investigados chegaram a publicar, nas redes sociais, que haviam resgatado os materiais de um incêndio em um cartório, e chegaram a anunciar um dos registros por R$ 10 mil. A ação também resultou na apreensão de arquivos e equipamentos eletrônicos.

Segundo o MPRS, um dos documentos pode ter sido furtado do museu de Arroio Grande em 2012 e outro de um cartório de Rio Grande. A investigação, conduzida também pela promotora Camile Balzano de Mattos, da 1ª Promotoria Cível de Rio Grande, busca apurar a origem de outros papéis que estavam em posse dos suspeitos e já foram vendidos para compradores em Minas Gerais.

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