No dia 11 de janeiro de 2025, o Rio Grande ficou de luto, perdemos um mestre da nossa música tradicionalista. Nésio Alves Corrêa, o Gildinho, um ídolo da música gaúcha, que levou a nossa tradição e a bandeira do Rio Grande pelo Brasil á fora. Nascido em Soledade em 18 de janeiro de 1942, filho de Turíbio e Adelina Alves Corrêa. Gildinho tinha 7 irmãos e viviam na roça, seu pai era músico então ele se interessou desde cedo, mais seu pai acabou falecendo aos 46 anos. Gildinho então seguiu em frente com o sonho de ser um artista. Ele tinha uma gaita e começou a tocar e aprender sozinho.
Foi pegando prática e conhecimento cada vez mais e claro, desenvolvendo ainda mais o seu dom de gaiteiro. Em 1961, ainda jovem, Nésio saiu de Soledade e foi para Erechim, em busca de se tornar músico profissional. Iniciou a carreira tocando nos programas de auditório em rádios de Erechim, como o Amanhecer no Rio Grande, pela Rádio Difusão e, mais tarde, o Assim Canta o Rio Grande, pela Rádio Erechim. Foi no rádio, devido ao seu favoritismo pelas músicas de Gildo de Freitas, que recebeu o nome artístico de “Gildinho”. Com a audiência dos programas, começou a animar pequenos bailes na região.
Em 1967 formou com o irmão caçula a dupla Gildinho e Chiquito e, em 1972, os dois fundaram o grupo Os Monarcas. Ao longo de sua trajetória, Gildinho se destacou por sua habilidade como cantor, compositor e instrumentista, sendo reconhecido por sua contribuição significativa à música gaúcha. Sua história e legado continuam a inspirar novas gerações de músicos e admiradores da cultura tradicionalista. Com sua liderança e responsabilidade, fez com que Os Monarcas se tornassem uma referência no meio tradicionalista, com mais de 50 anos de trajetória e sucesso, sempre destacando sua música e o tradicionalismo.
Gildinho, pai, avô, mentor e amigo, nos deixou, mas sua memória, sua genialidade e irreverência serão sempre lembradas e transmitidas por todos os familiares, amigos e fãs. Ele permanece vivo em cada acorde, em cada verso, e em cada sorriso daqueles que tiveram a honra ter conhecido ou ter um convívio próximo com o mestre. O legado é eterno e, mesmo na saudade, sentimos sua presença, como uma chama que jamais se apaga. Gildinho continuará sendo uma inspiração, um exemplo de paixão pela música e pelo tradicionalismo, e seu espírito seguirá guiando todos que, assim como ele, amam a nossa cultura gaúcha.