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Gildo de Freitas: o Rei dos Trovadores Compositor e improvisador nato, o artista inspirou gerações com sua autenticidade e paixão pelas tradições do Sul

Foto: Reprodução

Gildo de Freitas, nome artístico de Leovegildo José de Freitas, nasceu em Porto Alegre em 1919 e se consagrou como um dos maiores trovadores da história do Rio Grande do Sul. Com uma trajetória marcada por superações, talento nato e amor pela música regionalista, Gildo tornou-se símbolo da cultura gaúcha.

Desde pequeno demonstrava aptidão para a música, aprendendo a tocar gaita por observação e treino. Ainda jovem, já dominava a arte do improviso, o que o levou aos palcos e rádios como uma referência da trova campeira. Com 17 discos lançados, sua carreira se destacou pelo estilo provocativo e bem-humorado, especialmente nas trovas com seu amigo e rival Teixeirinha, em uma “disputa” que divertia o público e fortalecia os laços da música tradicionalista.

Em 1963, lançou seu primeiro disco, Vida de Camponês, e logo conquistou projeção nacional, levando a cultura dos pampas a todos os estados brasileiros. Gildo ficou conhecido como O Rei dos Trovadores e O Rei do Improviso, por sua impressionante capacidade de criar versos espontâneos sobre qualquer tema. Sua história também teve momentos dramáticos, como o desaparecimento em 1949 e as perseguições políticas, mas ele sempre reaparecia com força renovada. Até sua morte, em 1982, Gildo seguiu presente na vida dos fãs, mantendo viva a chama da música regional.

Em reconhecimento ao seu legado, a Lei Estadual 8.814/89 instituiu o dia 4 de dezembro, data de sua morte, como o Dia Estadual do Artista Regionalista e Poeta Repentista Gaúcho. Sua obra segue inspirando músicos, pesquisadores e amantes da cultura sulista, consolidando Gildo de Freitas como um ícone eterno da música do Rio Grande do Sul.

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