O Grupo Kaizer, de Passo Fundo, que atua na pesquisa de genética de forrageiras, principalmente, aveia, acaba de lançar também uma nova cultivar de nabo forrageiro, o GMX TATU.
Na quarta-feira (3), a empresa promoveu o Rally do Nabo. Agricultores e técnicos visitaram lavoras em Passo Fundo, Marau e Mormaço.
Há uma máxima de que quando não se pode vencer o inimigo o melhor é se unir a ele. A empresa parece ter encontrado esse caminho. Tido por décadas como inço, o nabo passou a ser um aliado da agricultura.
O engenheiro agrônomo, Kaizer Viebrantz, diretor da empresa, explica que precisava encontrar uma forma de ganhar dinheiro com a erva daninha que infestava os campos. Foram 15 anos de pesquisa para desenvolver essa cultivar com características de resistência, inclusive, a fortes geadas e potencial para a produção de óleo vegetal. Falou ainda que o GMX TATU, recicla até 400 kg de potássio por hectare. Como as cultivares soja atualmente são de ciclo curto, não há tempo para buscar esse material no fundo do solo e o nabo exerce essa tarefa. além disso, a forrageira fecha rapidamente a parte aérea, criando ambiente para a produção de boro, potássio, nitrogênio, enxofre e biológicos. A raiz tem outra vantagem: ela pode chegar há dois metros de profundidade e o tubérculo de até sete centímetros, depois que apodrece e mineraliza absorve água e descompacta o solo, melhor que o processo mecânico, explica ele.
Outra característica é que essa nova cultivar pode ser colhida e o produto enviado para a indústria de óleo. A empresa fornece a semente e compra a produção dos agricultores parceiros, através de seu braço comercial que é a Agrivi Sementes.
O Rally do nabo finalizou, no CTG Lalau Miranda, com a palestra do doutor em Agronomia, Sergio Mazaro, sobre a importância dos produtos biológicos, seguido de jantar.
