Grupo Planalto de comunicação

Há 40 anos, falecia Vitor Mateus Teixeira, o Teixeirinha Artista que divulgou o nome de Passo Fundo para o Brasil e o mundo faleceu em 4/12/2025

Foto: divulgação

São 40 anos de saudade. Em 4 de dezembro de 1985, falecia Vitor Mateus Teixeira, o Teixeirinha. Mesmo natural de Rolante/RS, ele cantava e fazia questão de dizer que era “Gaúcho de Passo Fundo”, por ter residido na capital do Planalto Médio, onde avançou para o sucesso na carreira artística.

Teixeirinha faleceu em casa na cidade de Porto Alegre, após fazer sessões de radioterapia em São Paulo. O tumor nas glândulas linfáticas.  Foi sepultado no Cemitério da Santa Casa de Misericórdia, na capital gaúcha, e seu túmulo desde então é um dos mais visitados do Rio Grande do Sul.  Trata-se do artista mais popular do Rio Grande do Sul em todos os tempos.

A história do artista

Vitor Mateus Teixeira, o Teixeirinha nasceu em 3 de março de 1927, no então distrito de Rolante, que na época pertencia ao município de Santo Antônio da Patrulha no Rio Grande do Sul.

A família do Teixeirinha era composta pelo seu pai, Saturnino Teixeira, que era trabalhador rural, sua mãe Ledurina Mateus Teixeira, e seus irmãos. Quando tinha apenas sete anos de idade, seu pai morreu, e seus irmãos foram entregues para adoção.

Dois anos depois da morte de seu pai, com seus nove anos de idade, enquanto estava na escola, sua mãe Ledurina, que sofria de epilepsia, estava queimando lixo em uma fogueira e desmaiou repentinamente depois de sofrer uma convulsão, logo caiu sobre a fogueira, três dias depois, faleceu devido as graves queimaduras em sua pele.

A morte de sua mãe o inspirou a fazer a música “Coração de Luto”, escrita por ele, que foi regravada por vários músicos, entre eles, Milionário e José Rico com uma roupagem mais próxima da música sertaneja.

Depois do falecimento de sua mãe, Teixeirinha (agora órfão) foi morar temporariamente nas casas de seus parentes, porém, nenhum deles havia dinheiro para poder sustentar o artista, devido a isso, ele foi desbravar novos horizontes. Então, saiu de casa e passou por diversas cidades, entre elas: Passo Fundo, Santa Cruz do Sul e Porto Alegre.

No pouco tempo que frequentou a escola, aprendeu a ler e fez poucos trabalhos eventuais e subempregos para se sustentar, alguns deles foram trabalhar em fazendas e entregar jornais. Alistou-se no Exército Brasileiro aos 18 anos, porém, não serviu. Então, durante 6 anos, foi trabalhar como operador de máquinas no Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem. A partir disso, saiu para começar sua carreira artística, viajando pelas cidades de Lajeado, Estrela, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul e cantando nas estações de rádio locais.

Teixeirinha então, conheceu Zoraida Lima, em Santa Cruz do Sul, com quem se casou em 1957. Eles se mudaram para Soledade e depois para Passo Fundo, onde Teixeirinha cantou na Rádio Municipal. As horas vagas, era chamado para animar festas, Teixeirinha cantava muitas vezes enquanto os artistas que iriam se apresentar, ainda não chegavam.

Sobre a carreira artística

Sua carreira artística foi muito movimentada, pois durante três anos cantava nas estações de rádios. No ano de 1959, recebeu um convite para gravar um disco, em São Paulo, onde ele produziu a obra “O Gaúcho Coração do Rio Grande”, o primeiro álbum de muitos, que foi lançado um ano depois (1960). Ainda em São Paulo, gravou as belíssimas canções “Xote Soledade” e “Briga no Batizado”. Em julho do mesmo ano, lançou “Coração de Luto”, que fez parte do lado B do disco de 78 rotações que também acompanhava a música “Gaúcho de Passo Fundo”, no lado A.

Na década de 70, a carreira de Teixeirinha alcançou projeção nacional e internacional, cantou em diversas cidades brasileiras e fez turnês para a Espanha, Portugal e vários países da América do Sul, sem contar dos 15 shows que fez nos Estados Unidos em 1973, e os 18 shows no Canadá, em 1975.

Teixeirinha foi recordista de vendas de discos no Brasil, sendo que, até 1983, havia lançado mais de 50 álbuns e composto por volta de 1.200 canções. Registros oficiais afirmam que Teixeirinha vendeu mais de 18 milhões de discos. Até sua morte, Teixeirinha recebeu 13 discos de ouro.

 

Facebook
Twitter
WhatsApp