O grupo Hamas declarou nesta sexta-feira (3) que está pronto para discutir a libertação de todos os reféns em resposta ao plano de paz apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A declaração foi divulgada em um comunicado no Telegram e repercutida pela emissora Al Jazeera.
O movimento afirmou que aceita iniciar negociações com intermediários para acertar os detalhes do acordo. A ideia seria trocar os prisioneiros conforme os termos apresentados por Trump, desde que existam condições seguras para realizar a operação.
O Hamas também disse que concorda em entregar a administração da Faixa de Gaza a uma autoridade palestina formada por técnicos e apoiada por diferentes correntes políticas, com respaldo de países árabes e islâmicos. No entanto, o grupo não esclareceu se abriria mão de suas armas, ponto considerado essencial pelo plano americano.
A resposta veio poucas horas depois de Trump dar um ultimato público. Ele estabeleceu o próximo domingo (5) como prazo para que o acordo seja aceito e afirmou que, caso isso não aconteça, haverá uma reação “como ninguém jamais viu”.
O plano proposto pelos Estados Unidos prevê um cessar-fogo imediato, a libertação dos reféns e a criação de um governo de transição em Gaza, que seria acompanhado por Trump e pelo ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair. O documento também sugere a desmilitarização do território e abre espaço para futuras discussões sobre o reconhecimento de um Estado palestino, ponto ainda rejeitado por Benjamin Netanyahu.