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Homem consegue na justiça direito por remédio contra câncer de próstata, mas medicamento está em falta

Gilberto Nicolai, 62 anos, trabalhava como pintor em Passo Fundo. Há cerca de um ano e quatro meses, ele começou a sentir fortes dores. Foi consultar e o médico – sem pedir qualquer tipo de exame – lhe receitou um medicamento para tratar de uma suposta infecção urinária. Como as dores não passavam, Gilberto resolveu procurar outro médico, que fez a mesma coisa. Lhe receitou outro medicamento para a tal infecção. Ainda assim as dores continuavam a e ficavam piores. Somente depois de procurar atendimento e um dos Cais de Passo Fundo, o profissional que lhe atendeu, pediu que fosse feito um exame da sua próstata.

O resultado apresentou câncer na próstata. Ou seja: ele tomou medicamentos errados por cerca de três meses, o que fez com que o câncer na próstata avançasse. Imediatamente, Gilberto começou um tratamento quimioterápico no Hospital São Vicente de Paulo, mas logo ele teve que parar. “A médica me disse que se eu continuasse com a quimioterapia, eu poderia até morrer, porque é um tratamento muito agressivo ao organismo”, conta ele.

Diante dessa situação, a médica que lhe atendeu no Cais e descobriu sua doença, lhe receitou um medicamento, para que tomasse uma caixa, por mês, pelos próximos seis meses, para que depois disso, ele pudesse retornar à quimioterapia. O problema é que cada caixa desse medicamento custa R$ 10 mil e a família não tem os recursos para que possa garantir o tratamento de Gilberto.

A família então, ingressou na justiça para que o remédio fosse fornecido de forma gratuita pelo estado, e ganhou. Mais um problema apareceu: há falta do medicamento em Passo Fundo e não se sabe quando o remédio chegará para que Gilberto possa iniciar seu tratamento. A família reside na rua Leopoldo Vila Nova, bairro São Cristóvão e, apesar de todos os medicamentos que já toma, ele continua sofrendo com as fortes dores. Gilberto chegou a fazer uma cirurgia de raspagem na próstata, mas o estágio da doença já era avançado.

Além disso, Gilberto também está com câncer nos ossos e até mesmo um medicamento que ele toma, à base de morfina, já não está fazendo o efeito desejado. “Vamos torcer para que esse medicamento chegue logo e que eu consiga começar o meu tratamento”, diz esperançoso. Somente depois que terminar o tratamento em casa, Gilberto poderá reiniciar a quimioterapia no hospital. Ele ingressou com o pedido de aposentadoria e aguarda a resposta do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

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