Grupo Planalto de comunicação

Ideologia de gênero? Para quem?

Um desfile de alunos em
uma escola pública de Passo Fundo, no final de ano, cujas imagens vazaram para
as redes sociais, despertou uma série de comentários, contrários em sua grande
maioria. A ideologia de gênero pode ser tratada por qualquer pessoa, mesmo sem
conhecimento profundo da causa?

Existe conhecimento
profundo da causa?

 

A página “Politize”, de Florianópolis, em um trabalho sobre o
assunto, destaca o conceito da filósofa Arlene Bacarji, que
define ideologia de gênero como: “Uma “ideologia” que atende a interesses
políticos e sexuais de determinados grupos, que ensina, nas escolas, para
crianças, adolescentes e adultos, que o gênero (o sexo da pessoa) é algo
construído pela sociedade e pela cultura, as quais eles acusam de patriarcal,
machista e preconceituosa. Ou seja, ninguém nasce homem ou mulher, mas pode
escolher o que quer ser. Pois comportamentos e definições do ser homem ou
mulher não são coisas dadas pela natureza e pela biologia, mas pela cultura e
pela sociedade, segundo a ideologia de gênero.”.

Afirma, ainda, que temos de entender que existem os aspectos biológicos que não
podem ser negados, eles são reais e dados. Loucura são as vezes que
escapamos da realidade para fazer de nossas fantasias, alucinações e delírios
uma realidade”.

Aos fatos:

Uma
escola pública em Passo Fundo, no final do ano, promoveu um “desfile de modas”
entre alunos formandos da 9ª. Série, quando rapazes se vestiram de meninas e
meninas, de rapazes, usando roupas, é claro, do gênero.

Professores,
colegas e uma balbúrdia instalada na área interna da escola. E nos rostos de
meninos e meninas – na faixa etária média entre 11 e 15 anos – estampado o
descontentamento e o desprezo pela “obrigatoriedade” do desfile, para alguns
chamados de “trote de formatura”.

Pergunto
aos que leem isso: Qual a finalidade? Para quê promover um fato como esse? Quem
autorizou? Os pais e/ou responsáveis sabiam disso? Autorizaram os menores a se
submeterem, principalmente os que eram contrários a isso?

Quem
responderá por uma ação do Ministério Público, se houver denúncia, ao submeter
um menor de idade para isso, sem o seu consentimento e o dos seus responsáveis?

Aquilo
que se tentou levar ao Planalto, ainda nas eleições de 2018, quando havia um
movimento intenso no país para que a tal ideologia de gênero tomasse conta, e
que, enfim, avançou com leis, obrigações e punições, deixando até pessoas
esclarecidas sem saber como se referir aos fatos, para não ser tratados como
misóginos, refletiu-se nas eleições de 2023. Galgando espaço, ministério em Brasília
e, ao que parece, espaço nas secretarias de educação, seja Municipal ou
Estadual.

Questiono
novamente: De onde vem a ordem? Quem autorizou por parte da escola? Da
Secretaria? Dos responsáveis pelos adolescentes?

Sou
partidário da opinião que se deve, sim, difundir, com qualificação para tal,
esses fatos, modernos para os conservadores e imprescindíveis para os
socialistas, de que TODO é TODES. Não sou obrigado, porém, a aceitar TUDO em
nome daqueles TODES que querem enfiar isso goela abaixo.

E não
se trata de preconceito. Se trata de fazer o tramite legal das ações. Não
podemos colocar o carro na frente dos bois, ou pedir TCC para formandos do
ensino fundamental.

Mas
também não podemos incutir na cabeça dos meninos que eles nasceram meninas, ou
vice e versa. Na idade certa, na hora certa, ELES é quem terão que entender
isso e se auto definir.

Forçar
isso da forma com a qual está sendo feito, é colocar o cano da pistola (ops)
virado para o olho e puxar o gatilho, para limpar a ranhura da arma.

Ideologia
de gênero é mais uma das propostas que teremos que estar cientes e seguros de
que vamos ter que discutir com os adolescentes. Mas de forma acadêmica, com
conceitos e orientações, e não ao bel prazer, para “satisfazer” ideologias
político-partidárias que tentam nos enfiar goela abaixo.

O
assunto, porém, é delicado. Requer estudo, discussão, entendimentos e,
principalmente, a desnudes de pré-conceitos ou conceitos já formados por
interessados. E que toda a sociedade seja envolvida, do seu jeito, ao seu modo,
e com o devido respeito.

E que
comece o mimimi!

O artigo expressa a opinião do autor Dilerman Zanchet – Radialista e Jornalista (DRT 360/03-18).

 

 

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