A tarde desta quinta-feira (07) foi marcada por uma atividade alusiva ao combate à violência contra a mulher em Passo Fundo. Foi instalado, na Câmara de Vereadores, o Banco Vermelho — equipamento simbólico que representa a busca pelo fim das agressões contra mulheres no município. O banco, com os dizeres “Pelo fim da violência contra a mulher – sentar e refletir, levantar e agir”, ficará permanentemente instalado em frente ao Parlamento.
Conforme a procuradora-geral da Mulher da Câmara de Passo Fundo, vereadora Regina Costa dos Santos (PDT), o banco é uma forma simbólica de chamar a atenção da população para o combate à violência de gênero. “É um movimento internacional que chega a Passo Fundo, onde os bancos ocupam espaços públicos com o intuito de conscientização. Acredito que nossa cidade, embora tenha registrado diminuição nos índices de violência, ainda vivencie essa realidade em que mulheres sofrem. Precisamos seguir discutindo e levando o debate aos espaços públicos, avançando nas políticas públicas”, declarou.
O presidente do Legislativo, vereador Gio Krug (PSD), parabenizou a Procuradoria Especial pelo trabalho desenvolvido e reforçou o apoio da Casa à iniciativa. “A Câmara vai sempre apoiar essas atividades de defesa dos direitos. É importante analisarmos o contexto da violência contra a mulher. Sabemos que um dos gargalos é a falta de confiança que a própria vítima tem no momento de denunciar, pois muitas vezes teme não ter apoio e suporte do poder público e policial. Quando ela sente essa segurança, de que será amparada e protegida, ela faz a denúncia contra o agressor. Por isso, iniciativas como essa, do Banco Vermelho, são importantes. Vamos, enquanto Legislativo, seguir juntos nesta causa”, afirmou.
Estiveram presentes na solenidade diversas pessoas e representantes de entidades ligadas à rede de proteção à mulher em Passo Fundo, além dos vereadores Edson Nascimento (Progressistas), Eva Valéria Lorenzato (PT), Felipe Manfroi (PSD), Marina Bernardes (PT) e Ronaldo Rosa (PSD).
O banco foi pintado de forma voluntária pela artista plástica, arquiteta e urbanista Júlia Pierezan, pela tatuadora Larissa Almeida e pelo servidor da Câmara Rodrigo dos Santos, que receberam um certificado como forma de agradecimento.
Bancos Vermelhos
A instalação de bancos vermelhos em espaços públicos tem se consolidado como uma importante ferramenta de conscientização pelo fim da violência contra a mulher. A Lei Federal nº 14.942/24 autoriza e incentiva a colocação desses equipamentos em locais públicos, acompanhados de mensagens de reflexão e informações sobre canais de denúncia.
A iniciativa teve origem na Itália, em 2016, e foi trazida ao Brasil por duas brasileiras que perderam amigas vítimas de feminicídio. A cor vermelha simboliza o sangue derramado pelas vítimas, e a presença do banco em locais movimentados convida a sociedade à reflexão sobre essa grave violação de direitos.
O dia 7 de agosto também rememora a promulgação da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/06), sancionada nesta data, em 2006. A legislação representou um marco na defesa dos direitos das mulheres e no combate à violência doméstica e familiar.
