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José Cláudio Machado: a voz eterna da música nativista Cantor marcou a história do Rio Grande do Sul com interpretações icônicas e um legado inigualável

Reprodução: Julio Cezar Kronbauer's Blog

José Cláudio Machado nasceu em Tapes, no dia 17 de novembro de 1948, e tornou-se um dos maiores intérpretes da música nativista gaúcha. Seu primeiro grande reconhecimento veio em 1972, ao vencer a II Califórnia da Canção Nativa com “Pedro Guará”, composição própria que se tornaria um clássico do gênero.

Ao longo de sua carreira, integrou diversos grupos musicais, como “Os Tapes”, “Os Teatinos”, “Os Andejos” e “Os Bolicheiros”, trabalhando ao lado de nomes como Glênio Fagundes, Marco Aurélio Campos, Paulo Fagundes e Leopoldo Rassier. Também teve passagem marcante pelo conjunto “Os Serranos”, com quem gravou o álbum “Isto É… Os Serranos” na década de 1980.

José Cláudio Machado foi um artista inovador e apaixonado pelas tradições do Rio Grande do Sul. Sua voz grave e marcante interpretou algumas das mais emblemáticas canções da música nativa, como “Entrando no M’Bororé”, “Defumando Ausências”, “Batendo Casco” e Milonga Abaixo de Mau Tempo”, esta última considerada um verdadeiro hino do nativismo.

Além da carreira musical, teve papel importante na cultura gaúcha, idealizando eventos como a Reculuta da Canção Crioula de Guaíba e o Acampamento da Arte Gaúcha, além de ser um dos responsáveis pela criação do Parque da Harmonia, em Porto Alegre, onde até hoje acontecem os festejos do 20 de Setembro.

José Cláudio Machado faleceu em 12 de dezembro de 2011, aos 63 anos, após enfrentar complicações pulmonares. Seu velório aconteceu no Plenário da Câmara de Vereadores de Guaíba, cidade onde realizou sua última apresentação em 2010.

Sua obra permanece viva na memória dos gaúchos, sendo regravada por diversos artistas e servindo de inspiração para novas gerações da música regional.

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