Durante audiência de custódia, que aconteceu na quinta-feira (06),
juiz decide por manter preso, o autor da chacina de Blumenau-SC.
Audiência de custódia é feita quando um indivíduo é
preso em flagrante, onde o juiz analisa as circunstâncias da prisão. A
defesa chegou a pedir para que ele respondesse em liberdade, porém esse pedido
foi negado.
Ele irá responder por quatro homicídios triplamente
qualificados e quatro tentativas de homicídio.
Mais de 40GB de arquivos foram extraídos do celular do
autor, através de uma tecnologia israelense e tudo será analisado.
Durante depoimento, ainda no batalhão, ele disse que uma outra
pessoa teria mandado ele fazer isso, se não iria matar ele, fato que não se
confirmou. Tudo indica que ele estava em surto psicótico (que muitas vezes é causado pelo uso de entorpecentes) e imaginando coisas.
O autor disse ainda não estar arrependido, ele fez o que tinha que
ser feito, ele disse ainda que a intenção era matar 30 crianças, mas foi impedido
pelas professoras, que salvaram as outras crianças levando elas para dentro da
escola e partiram para cima do autor, momento em que ele ficou com medo, pulou
o muro para o lado de fora, onde deixou a moto na rua pronta para a fuga.
Então ele subiu na sua moto, foi até o 10° Batalhão de Polícia
Militar e de forma fria, contou todos os detalhes do crime que tinha cometido minutos
antes.
O comandante da Polícia Militar de Blumenau, Márcio Alberto Filippi, disse que o autor já tinha passagens
pela polícia, ele já foi preso por uma briga em boate, foi pego com drogas (cocaína),
ele esfaqueou o seu padrasto e em outra oportunidade, invadiu a casa do seu padrasto
e esfaqueou um cachorro que estava no pátio. Filippi também pontuou que o autor
não teria nenhuma ligação com a escolinha atacada.
O prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt
se comprometeu em visitar cada uma das 125 unidades escolares para acompanhar e
ampliar o monitoramento, disse também que a prefeitura vai instalar câmeras ligadas
com a Polícia Militar e com a central de controle operacional da própria
prefeitura, para que possam monitorar a entrada e saída de pessoas nas escolas,
fazer contratação de equipe multidisciplinar, de psicólogos, profissionais para
aumentar essas ações de acompanhamento das famílias em situação de tragédias e
ainda apoiar os professoras para identificar distúrbios até das próprias crianças
que frequentam os ambientes escolares, para tentar evitar esse tipo de tragédia.
Prefeito Mário Hildebrandt e a vice-prefeita, Maria
Regina de Souza, cogitam ainda contratar empresas privadas para auxiliar na
segurança das escolas.
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