O Grupo Planalto de Comunicação recebeu uma denúncia referente a um indivíduo de iniciais B. F. B., que possui uma série de ocorrências policiais relacionadas à violência doméstica, perseguição, posse irregular de arma e descumprimento de medidas protetivas. Os registros, feitos entre 2011 e 2025, revelam um histórico de instabilidade e conflitos recorrentes com ex-companheiras.
Entre os casos mais antigos, consta uma ameaça registrada em 2011, quando o acusado teria dito que se mataria ou mataria uma colega de curso caso ela não aceitasse um relacionamento. Em 2015, foi denunciado por difamação contra uma ex-companheira. Já em 2021, uma ex-namorada afirmou que ele possuía uma arma de forma ilegal e apresentava comportamentos controladores e possessivos.
Os registros mais recentes, feitos em 2025, envolvem uma ex-companheira de iniciais L. R. Segundo boletim de ocorrência, após o término do relacionamento, o homem passou a persegui-la, chegando a invadir sua casa utilizando uma cópia da chave. Mesmo após o deferimento de medida protetiva, ele voltou a tentar acessar a residência, descumprindo a ordem judicial.
Tivemos acesso a imagens de uma tentativa de invasão à casa da vítima. Nas cenas, o homem aparece usando roupas pretas, com o rosto parcialmente coberto, e utilizando fita adesiva para esconder o logo de um boné, com o objetivo de dificultar a identificação. Ele ainda desligou as câmeras de segurança da residência. A moradora ouviu os latidos dos cachorros e, ao olhar pela janela da cozinha, viu o homem descendo uma escada, já dentro do pátio.
Segundo os relatos, a Brigada Militar foi acionada, mas, mesmo diante dos policiais, o homem não se acalmava.
O indivíduo foi preso em flagrante. Prontamente, o delegado plantonista representou pela prisão preventiva do agressor, considerando o risco à integridade da vítima e o histórico de reincidência. No entanto, a Justiça entendeu que ele tinha condições de responder em liberdade. Em contato com a reportagem, a advogada da vítima, Jaqueline Wittmann, declarou: “Trabalho para que o homem seja preso preventivamente e para que a minha cliente não entre para as estatísticas de feminicídio em nossa cidade.”
A delegada da DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) de Passo Fundo, Rafaela Bier, afirma que casos como este devem ser tratados com máxima seriedade. Mulheres que enfrentam situações de violência doméstica ou perseguição devem procurar imediatamente a Polícia Civil ou ligar para o 190 (Brigada Militar). Para denúncias as vítimas podem entrar em contato pelo número 180 com a DEAM. Além disso, o registro de ocorrências e a solicitação de medidas protetivas de urgência podem ser feitos de forma online, por meio do site da Polícia Civil do Rio Grande do Sul: www.delegaciaonline.rs.gov.br.
O sistema permite que a vítima faça a denúncia de forma segura, sem sair de casa.
O registro de boletins de ocorrência, a solicitação de medidas protetivas e o acompanhamento psicológico e jurídico são direitos das vítimas, que não estão sozinhas. É fundamental denunciar e interromper o ciclo da violência.
Reportagem: Redação
Grupo Planalto de Comunicação
