Laudos revelam brutalidade em triplo homicídio em Esteio; bebê morreu por traumatismo craniano
A Polícia Civil recebeu nesta segunda-feira (28) os laudos periciais que esclarecem as causas das mortes no triplo homicídio registrado em Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre. As vítimas, uma jovem, um adolescente e um bebê, foram encontradas no último dia 22, em um bueiro às margens do Rio dos Sinos.
De acordo com o Instituto-Geral de Perícias (IGP), Kauany Martins Kosmalski, de 18 anos, foi assassinada com mais de 50 facadas. Seu amigo, Ariel Silva da Rosa, de 16 anos, também foi morto com uma arma branca. Já o filho de Kauany, o pequeno Miguel, de apenas dois meses, teve a morte causada por traumatismo craniano.
Os laudos apontam sinais de violência extrema. Marcas de defesa nos corpos de Kauany e Ariel indicam que ambos tentaram se proteger durante os ataques. A polícia também confirmou que Kauany teve um dos dedos decepado.
A delegada Marcela Smolenaars, responsável pelo caso, afirma que os peritos ainda tentam determinar se Miguel foi morto antes ou depois dos outros dois. Novas diligências devem esclarecer a cronologia dos crimes.
A principal linha de investigação considera o relato de Jocemar, um dos envolvidos, que admitiu ter matado a jovem e o adolescente. Segundo ele, os dois adolescentes suspeitos também estavam no local no momento do crime.
Em depoimento, Belisia, outra investigada, apresentou uma versão diferente. Ela teria ido ao encontro de Jocemar, que já estava com Kauany, Ariel e o bebê, sob o pretexto de consumir vinho. No carro, ela levava uma faca e teria sido a primeira a atacar a jovem. Jocemar, segundo o depoimento dela, matou Ariel em seguida, também com golpes de faca.
Os corpos teriam sido colocados no veículo de Jocemar e levados até o bueiro onde foram encontrados. A perícia identificou vestígios de sangue no carro, reforçando a suspeita de que ele foi usado no transporte das vítimas.
A investigação segue em andamento para esclarecer a participação exata de cada envolvido e confirmar a sequência dos crimes.