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Liberdade Provisória Concedida a Investigado por Pornografia Infantil em Passo Fundo A apreensão do material ocorreu de forma durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão relacionado a uma investigação por perseguição

Homem investigado por posse de pornografia infantil em Passo Fundo tem liberdade provisória concedida pela Justiça. G. W. F., de 30 anos, havia sido detido na terça-feira (24) no bairro Santa Rita, durante uma operação da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Na ação, foram apreendidos mais de 500 arquivos contendo material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes.

A apreensão ocorreu durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão, inicialmente relacionado a uma investigação por perseguição. Apesar da gravidade do caso, o Ministério Público se manifestou a favor da liberdade provisória. O argumento foi de que o réu não possui antecedentes criminais nem é reincidente, e a pena para posse de pornografia infantil, sem indícios de compartilhamento, não ultrapassa quatro anos de reclusão.

A Justiça reconheceu a seriedade dos fatos, especialmente considerando um processo principal em andamento na 1ª Vara Criminal de Passo Fundo. No entanto, entendeu que as circunstâncias legais não justificavam a prisão cautelar no momento.
Medidas Cautelares Impostas

Para a soltura do investigado, foram determinadas as seguintes medidas cautelares:

  • Proibição de contato com a vítima.
  • Proibição de aproximação física da vítima em um raio de 100 metros.
  • Obrigação de manter o endereço atualizado perante o Judiciário.
  • Vedação do uso de redes sociais.

A Justiça enfatizou que a liberdade provisória não equivale a uma absolvição e que o investigado permanecerá respondendo ao processo. Novas medidas poderão ser impostas conforme o avanço da investigação.

Contexto da Investigação: Bacharel em Direito Envolvido em Crimes Graves

A prisão de G. W. F., que é um bacharel em Direito, faz parte de um inquérito policial complexo conduzido pela DPCA no Rio Grande do Sul. Ele é investigado por crimes como pedofilia, tráfico de drogas, armazenamento de pornografia infantil, estupro, auxílio/induzimento ao suicídio/automutilação e perseguição.

A investigação teve início após denúncias da mãe de uma adolescente de 15 anos. Foi revelado um esquema de manipulação em que o bacharel se passava por diferentes identidades (“Nati” e “J. B.”) para obter informações e controlar a jovem. Ele enviava cartas e pacotes que continham comprimidos (suspeitos de serem drogas) e lâminas, sugerindo automutilação, e exigia o envio de vídeos e fotos de conteúdo pornográfico como “pagamento”.

Durante mandados de busca e apreensão na residência do investigado, foram apreendidos telefones celulares, equipamentos informáticos, drogas, roupas e calçados. A quebra de sigilo telefônico e informático foi autorizada para aprofundar as apurações. A DPCA continua as investigações para esclarecer os fatos e garantir a punição dos responsáveis.

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