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Lula diz que salário de R$ 46 mil como presidente da República “não é muito” Petista ironiza vencimentos durante fala sobre isenção do Imposto de Renda e cita descontos obrigatórios

Foto: Ricardo Stuckert

Durante a abertura da 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (Conselhão), nesta terça-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou, em tom de brincadeira, que o salário de R$ 46 mil que recebe como chefe do Executivo “não é muito”. A declaração ocorreu enquanto o presidente falava sobre a proposta do governo que isenta do Imposto de Renda os brasileiros que ganham até R$ 5 mil por mês.

Lula citou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é “humilde” e destacou que a medida será compensada por contribuintes que recebem acima de R$ 1 milhão por ano. “Não é que essa gente acha ruim?”, provocou.

Ao detalhar sua remuneração, Lula afirmou que paga 27% de Imposto de Renda sobre o valor bruto e que o Partido dos Trabalhadores retém R$ 4 mil diretamente na fonte. “Me sobram R$ 21 mil. Não é fácil a vida”, ironizou. Ele ainda brincou com o fato de não receber reajustes salariais: “Ninguém me dá aumento. Eu tenho que pedir para mim mesmo. Eu levanto todo dia, me olho no espelho e falo: ‘Lula, eu quero aumento’. E eu falo: ‘Você não vai ter’”, disse, arrancando risos da plateia.

Segundo o Portal da Transparência, a remuneração bruta do presidente em junho foi de R$ 46.366,19 — o teto do funcionalismo público. Com o pagamento do 13º salário proporcional, o total líquido chegou a R$ 57.017,39. A partir de fevereiro deste ano, houve reajuste no teto do funcionalismo, refletindo nos valores recebidos por Lula, que variaram entre R$ 33.821 e R$ 33.834 líquidos nos últimos meses.

No mesmo evento, Lula evitou comentar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, nesta segunda-feira (4). Limitou-se a se referir a Bolsonaro como “cidadão que tentou dar um golpe”. Além da prisão, Moraes proibiu o ex-presidente de usar celular e de receber visitas sem autorização judicial.

* Correio do Povo

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