O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem previsão de embarque neste domingo (21) para Nova York, onde participa da 80ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), entre segunda-feira (22) e quarta-feira (24).
A semana, porém, foi marcada por polêmicas sobre a emissão de vistos para os Estados Unidos. A revogação do documento é uma das sanções aplicadas pelo governo norte-americano contra autoridades brasileiras.
Lula está com o visto regularizado e tem presença confirmada no evento. A comitiva que o acompanhará, no entanto, ainda não está definida e pode ser reduzida, a depender da liberação de vistos.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informou nesta quinta-feira (18) que recebeu seu visto para a viagem. Ele participará da Assembleia e também de uma conferência da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde).
“Eu recebi o visto hoje daquilo que é uma obrigação de um país que tem um acordo sede com o organismo internacional da ONU e da Opas, que tem que garantir o acesso”, disse Padilha após visitar o Centro Especializado em Reabilitação II/CEAL-LP, em Brasília.
O ministro estava com o documento vencido desde 2024. Em agosto, os Estados Unidos cancelaram os vistos da esposa e da filha de 10 anos dele. A medida também atingiu servidores federais ligados à implementação do programa Mais Médicos, criado no governo Dilma Rousseff (PT).
Segundo a Casa Branca, médicos cubanos que atuaram no Brasil teriam sido submetidos a condições de exploração semelhantes à escravidão.
O Itamaraty lembrou que o acordo de sede da ONU obriga os Estados Unidos a conceder vistos para a participação na Assembleia Geral e considera qualquer negativa uma violação legal.