O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcou neste domingo (21) para Nova York, onde fará o discurso de abertura da 80ª Assembleia Geral da ONU na próxima terça-feira (23). Ele também deve participar de reuniões paralelas sobre democracia, Palestina e meio ambiente.
Será a primeira vez que Lula dividirá o mesmo espaço com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desde a volta do republicano à Casa Branca. O governo americano elevou tarifas sobre parte das exportações brasileiras e ameaça novas sanções após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros crimes.
Pelo protocolo da ONU, Lula abre os trabalhos e, logo em seguida, Trump sobe à tribuna. Existe a possibilidade de um encontro informal entre os dois nos bastidores. O Palácio do Planalto espera que o brasileiro use o discurso para reafirmar a defesa da democracia, da soberania nacional e do multilateralismo, mas sem ataques diretos ao chefe da Casa Branca.
Outro ponto que deve aparecer no discurso de Lula é o apoio ao reconhecimento do Estado da Palestina e a defesa de uma solução pacífica para a guerra na Ucrânia.
Sobre o conflito no leste europeu, há interesse em uma reunião bilateral entre Lula e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. O encontro, no entanto, ainda não foi confirmado, já que a agenda de Zelensky é mantida em sigilo por razões de segurança. O Brasil também recebeu cerca de 30 pedidos de reuniões bilaterais, o que pode dificultar a definição.
