O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (29) que quando for conversar com o presidente norte-americano, Donald Trump, pretende levar a primeira-dama Janja. Ela, por sua vez, brincou ao fazer o sinal negativo com a mão.
“Eu brinco muito com a Janjinha dizendo para ela que a Unesco [Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura] já me deu uns 10 prêmios para ela de mulher mais bem casada do planeta Terra. E quando eu for conversar com [Donald] Trump, eu vou levar ela. Eu quero ele veja”, afirmou o presidente.
Lula comentava sobre o papel de suas ex-esposas e da atual primeira-dama em sua vida e em sua trajetória política. A declaração foi dada durante a 5ª Conferência de Política para as Mulheres, realizada em Brasília.
No fim do discurso, Lula citou uma frase que, segundo ele, é feita por Janja com frequência: “O futuro da humanidade é feminino, portanto, se preparem que mais dia, menos dia, vocês vão estar governando esse planeta”.
O presidente brasileiro tem o hábito de incluir Janja nas comitivas de duas agendas. Em alguns casos, a primeira-dama viaja antes do presidente e cumpre agendas próprias, a exemplo do que ocorreu no Japão, Rússia e, na última semana, nos Estados Unidos.
Em maio, uma fala de Janja provocou polêmica durante uma audiência de Lula com o presidente da China, Xi Jinping. Na ocasião, ela alertou para os efeitos nocivos das redes sociais, como o TikTok. A primeira-dama sofreu críticas e foi defendida por Lula.
Os governos do Brasil e dos Estados Unidos ainda não definiram data, local e formato da conversa entre Lula e Trump a respeito do tarifaço. Na última terça-feira, Trump afirmou que teve uma conversa rápida com Lula durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, e que os dois líderes acordaram em conversar nesta semana.
Auxiliares de Lula entendem que seria mais prático e prudente um primeiro contato por telefone ou vídeo e, em um segundo momento uma reunião presencial. Planalto e Itamaraty trabalham com diferentes possibilidades para a conversa. No caso de encontro presencial, estão entre as opções: reunião na Casa Branca ou na residência de Trump em Mar-a-Lago. Outra alternativa seria uma conversa em um terceiro país, aproveitando viagens dos dois presidentes.
Em outubro, Lula tem viagens previstas para Itália, Indonésia e Malásia. No fim do mês, há possibilidade de Trump ir à Malásia para cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), evento que terá a participação de Lula.
