Morreu no último domingo (9), em Passo Fundo, aos 60 anos, Catarina Margarida da Rosa, mãe de Diênifer Pádia, uma das vítimas da chacina da Cohab, crime que comoveu a cidade em maio de 2020. O falecimento foi comunicado por familiares, e as causas da morte não foram divulgadas.
Desde o crime que tirou a vida da filha, da neta Kétlyn Padia dos Santos, de 15 anos, e do genro Alessandro dos Santos, de 35 anos, Catarina acompanhava de perto os desdobramentos do processo judicial que busca responsabilizar os envolvidos.
O sepultamento ocorreu nesta segunda-feira (10), no Cemitério Santo Antônio, em Passo Fundo, onde familiares e amigos prestaram as últimas homenagens.
A reportagem policial da Rádio Planalto conversou com Catarina durante o julgamento de Luciano Costa dos Santos, condenado a 57 anos de prisão por participação na chacina da Cohab, em Passo Fundo. Na ocasião, ela afirmou que só descansaria quando a justiça fosse feita.
A morte de Catarina ocorre justamente na semana em que está marcado o júri dos irmãos Fernanda e Claudiomir Rizzotto, acusados de serem os mandantes do crime. O julgamento está previsto para começar na quinta-feira (13), no Fórum de Passo Fundo, e deve se estender até sexta-feira (14).
Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime teria sido motivado por um relacionamento extraconjugal entre Diênifer Pádia e o empresário Eleandro Roso, marido de Fernanda Rizzotto. O inquérito da Polícia Civil aponta que Fernanda planejou o assassinato da jovem e contou com a ajuda do irmão, Claudiomir, que teria contratado o ex-policial militar Luciano Costa dos Santos, conhecido como Costinha, para executar o crime.
Na noite de 19 de maio de 2020, Diênifer, Alessandro e Kétlyn foram mortos por asfixia dentro da casa da família, na Rua Ernesto Ferron, no bairro Cohab I. Três crianças, filhas de Diênifer, estavam no local e sobreviveram. Uma delas, de seis anos, conseguiu sair e pedir ajuda aos vizinhos, o que permitiu o início da investigação.
A retomada dos julgamentos reacendeu lembranças dolorosas para os familiares das vítimas. Amigos próximos afirmam que Catarina sempre falava com emoção sobre a filha, o genro e a neta, destacando o amor e a união da família antes da tragédia.
Nas redes sociais, diversas mensagens lamentaram sua morte e destacaram sua força e coragem ao enfrentar anos de dor. Catarina é lembrada como uma mulher generosa, que nunca deixou de acreditar na justiça e se tornou símbolo de resiliência diante da perda.
Catarina também era uma das testemunhas que participariam do julgamento marcado para esta semana. Com sua morte, novos desdobramentos devem ocorrer no andamento do processo, que segue sendo acompanhado por todo a comunidade.
Reportagem: Jeferson Vargas











