O Rio Grande do Sul conheceu, na manhã desta quarta-feira, 1º de outubro, o maior exemplar de erva-mate do estado: a vencedora do 2º Concurso Árvores Gigantes tem 2,22 metros de circunferência e está localizada na propriedade de Janice Muliterno Adamy, em Caseiros. Ao todo, a segunda edição do concurso contou com 41 inscrições, de 23 municípios. O destaque foi para a região do Alto Taquari, que contou com o maior número de inscrições.
O 2º Concurso Árvores Gigantes do Rio Grande do Sul é uma promoção da Universidade de Passo Fundo, por meio do Laboratório de Manejo da Vida Silvestre (Lamvis), e apoio da Emater. A iniciativa, lançada em março, durante a Expodireto Cotrijal, se propôs a encontrar árvores que conseguiram viver por muito tempo e, por consequência, possuem uma carga genética resistente ao clima, doenças e pragas. Essas plantas, muito bem adaptadas ao solo são, naturalmente, candidatas a fornecer sementes para o futuro, para a produção de mudas de qualidade de espécies arbóreas.
Em 2025, a espécie escolhida foi a erva-mate, símbolo do Rio Grande do Sul, que atualmente conta com cinco pólos ervateiros: Região de Machadinho, de Erechim, de Palmeira das Missões, de Venâncio Aires e do Alto Taquari. Além da participação dos polos ervateiros, o concurso contou com a participação de entidades como Ibramate, Sindimate, Secretaria Estadual da Agricultura, Projeto Charão/AMA, Associações de Produtores de Erva-mate, Cotrijal, Coprel e ICMBio-Floresta Nacional de Passo Fundo.
Além de ser uma celebração da biodiversidade, da preservação ambiental e da cultura ervateira, o concurso é um momento de reconhecimento aos proprietários que preservam verdadeiros monumentos verdes em suas terras e de valorização dessa espécie símbolo do RS. “Essa é uma planta especial. É uma planta para ser propagada, que devemos estudar e usar para produzir mudas para o futuro devido sua capacidade de adaptação, assim como esse ano tivemos, aqui na Universidade, a oportunidade de fazer a propagação das araucárias que venceram o concurso ano passado”, destacou o professor Jaime Martinez, coordenador do Lamvis.