A tragédia aérea que abalou a Índia nesta quinta-feira (12) envolveu um Boeing 787-8 Dreamliner da Air India, que caiu logo após decolar do Aeroporto Internacional Sardar Vallabhbhai Patel, em Ahmedabad. O voo AI171 tinha como destino o aeroporto de Gatwick, em Londres, mas caiu menos de um minuto após deixar o solo, matando ao menos 204 pessoas.
Segundo a companhia aérea, o avião decolou às 13h39 no horário local (5h39 em Brasília), com previsão de chegada no Reino Unido às 18h25 (horário britânico). Pouco depois da decolagem, a aeronave perdeu altitude e caiu em uma área residencial chamada Meghani Nagar, atingindo um alojamento de médicos. Todas as operações no aeroporto foram suspensas.
O sinal do voo desapareceu dos sistemas de rastreamento a apenas 190 metros de altitude, de acordo com o FlightRadar24. Antes de desaparecer, a tripulação chegou a emitir um chamado de emergência, mas não houve resposta posterior. Câmeras de segurança do aeroporto registraram o momento em que o avião perdeu sustentação e explodiu ao atingir o solo, gerando uma coluna de fumaça visível a quilômetros de distância.
Entre os 242 ocupantes estavam 230 passageiros e 12 tripulantes. A bordo havia 169 cidadãos indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadense. Até o momento, a única pessoa sobrevivente confirmada é o britânico Vishwash Kumar Ramesh, que ocupava o assento 11A. A polícia local informou que há 41 feridos e que ainda não é possível confirmar se todas as vítimas estavam dentro da aeronave ou se havia pessoas no solo entre os mortos.
Este é o primeiro acidente grave envolvendo um Boeing 787-8 desde sua entrada em operação, há 14 anos. A Boeing divulgou nota afirmando estar em contato com a Air India e se colocou à disposição para colaborar com as investigações.
O governo da Índia está mobilizado. O primeiro-ministro Narendra Modi declarou estar “chocado e entristecido” com a tragédia e afirmou que acompanha de perto os esforços de socorro. O Grupo Tata, proprietário da Air India, anunciou que pagará 1 crore de rúpias (cerca de R$ 650 mil) às famílias das vítimas.
Autoridades britânicas também se manifestaram. O primeiro-ministro Keir Starmer chamou as cenas de “devastadoras” e disse estar recebendo atualizações constantes. Já o rei Charles III afirmou estar “profundamente chocado” e destacou os esforços dos socorristas.
A investigação oficial do acidente está em andamento e ainda não há conclusões sobre as causas da queda.
Reportagem: Redação
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