As manifestações dos motoristas de caminhão, que tiveram início na segunda-feira, 23, nos municípios da região de Passo Fundo, devem continuar e ainda com mais força na próxima semana. Em Sertão o congestionamento chegou a 10 quilômetros na tarde de sexta-feira, 27, na ERS-135 e, de acordo com Paulo Hannecker, secretário do Sindicato Rural no município, outros setores, profissionais de outros setores, como a indústria e o comércio também devem engrossar o manifesto, que eclodiu em função dos altos valores do óleo diesel e os baixos preços do frete praticados em todo o país.
Em Getúlio Vargas a situação é semelhante. O presidente da Associação Comercial, Luiz Carlos da Silva, diz que os caminhoneiros estão com suas atividades paralisadas e que comerciantes e industriais também vão se mobilizar e ajudar nos protestos. Ele diz que a situação é crítica no interior, principalmente para produtores de leite e aves, que não têm como escoar a produção em função da paralisação dos caminhões, mas que assim mesmo os protestos vão continuar acontecendo.
Crespim Rizzi, diretor do Frigorizzi, frigorífico de abate de suínos, em Mato Castelhano, diz que na sexta-feira, o trabalho foi efetuado com apenas 60% da capacidade total na indústria que não sabe o que pode acontecer na próxima semana, já que o frigorífico trabalha com uma programação semanal que vem do município de Santa Rosa. A movimentação promete ser intensa em Passo Fundo e também nos municípios da região no sábado, 28.