As paisagens nas beiras de estradas e rodovias estão bonitas pela florada da maria-mole. É uma planta que tolera a seca, mas que se destaca ainda mais em período
chuvoso como o sul do país está vivenciando atualmente. Trata-se de uma erva-daninha existente nos mais diversos biomas
brasileiros. No Rio Grande do Sul, no entanto, é considerada a planta tóxica
mais importante para os bovinos.
A
professora de medicina veterinária da
Universidade de Passo Fundo, Adriana Costa
da Mota, explica que a maria-mole é hepatotóxica, ou seja, intoxica o fígado,
provoca insuficiência hepática e até
problemas neurológico no animal e não há
tratamento. Outra observação da
professora de patologia animal é que o efeito é cumulativo, o animal pode
apresentar problemas no ano seguinte após o consumo. O pecuarista deve ter cuidado até no preparo
da ração, ela é tóxica, inclusive, no feno. Adriana também observa que até o mel poderá
conter o princípio tóxico dessas flores e que as pessoas jamais deverão usá-la
como chá.
É uma
espécie pouco palatável, mas em época de escassez de pastagens, bovinos, equinos e ovinos, comem.
Ovinos, no entanto, toleram a toxicidade. (Foto e texto/João Altair,
editoria de agricultura e pecuária das rádios Planalto).