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Mato Castelhano comemora 33 anos de emancipação nesta segunda-feira Município teve a sua emancipação em 31 de março de 1992

Foto: Prefeitura de Mato Castelhano (divulgação)

O município de Mato Castelhano, que se emancipou de Passo Fundo, está em festa nesta segunda-feira, 31 de março. É a comemoração dos 33 anos de história.

Atualmente, o município é administrado pelo prefeito Rogério França. O ponto alto das comemorações aconteceu na última sexta-feira, 28, com o jantar-baile comemorativo no Ginásio Poliesportivo, com a animação do cantor tradicionalista João Luiz Corrêa.

A HISTÓRIA

Durante a revolução farroupilha, houve encontro entre as forças revolucionárias e imperiais neste município. A região foi palco de combates entre Chancho Pereira e Gomercindo Saraiva durante a Revolução Federalista sendo que pela estrada antiga em certos pontos registraram-se marcos dos combates entre Chimangos e Maragatos.

Com o passar dos anos algumas famílias de imigrantes colonizadores começaram a se fixar na redondeza do Mato Castelhano.  Em meados de 1900 chegam aqui os imigrantes italianos, os irmãos João, Carlos e Sílvio Manfroi e o jovem Severino Loss apenas 17 anos, para trabalhar na exploração de madeira araucária e erva-mate, muito abundantes na região. Mais tarde fixaram-se aqui as familias Tussi, Loss, Amorose, Rosseto, Novello, Stieven, Grando, Saggiorato, oriundos de Antonio Prado/RS e Garibaldi/rs. Paralelo a exploração de madeira e o solo fértil, desenvolveu-se a agricultura de subsistência destacando-se a cultura de arroz, milho, feijão e pecuária.

Logo chegaram mais imigrantes italianos de Garibaldi/RS, dentre eles Jorge Manfroi, o qual juntamente com os filhos doou uma área de terra para a construção da primeira escola, fundada em 1923 com a denominação de Anita Garibaldi, em homenagem a terra natal dos doadores.

Junto com os primeiros imigrantes italianos, foi trazida na bagagem a imagem se São Roque, o santo querido que lhes dava força, segurança e proteção numa época em que a fé substituía a medicina e a segurança pública. A primeira igrejinha foi construída no mesmo local onde hoje se encontra a igreja São Roque de Mato Castelhano, na sede do município, e o fizeram o padroeiro do local.

Mais tarde chegam também imigrantes espanhóis, alemães, entre outras etnias, e com a retirada da madeira dos pinhais surge a necessidade do reflorestamento. Em 1947, o instituto do pinho (antigo IBDF), comprou uma área de terra de 1340 hectares para esta finalidade e também criar reserva ecológica, hoje a Floresta Nacional de Passo Fundo, Instituto Chico  Mendes de Conservação.

Mato Castelhano fazia parte do município de Passo Fundo, sendo um distrito, uma vila, e os moradores resolveram montar então uma comissão para emancipar o município, foram grandes as manifestações de apoio por parte da comunidade e, então no dia 10 de novembro de 1991, o eleitorado foi às urnas para votar no plebiscito que tinha como intenção decidir o futuro político da comunidade. Conforme esperado, 80% dos eleitores votaram favoráveis a emancipação.

Dentre tropeços e lideranças contrárias ao processo de emancipação, após muitas discussões e debates emancipacionistas, em 31 de março de 1992, foi publicado então no Diário Oficial do Estado a Lei Estadual n.º 9645, criando o município de Mato Castelhano.

O município é basicamente agrícola, tendo a soja, o milho, o trigo, pastagens, e a pecuária de leite e corte como suas principais atividades.

Hoje ainda é forte a expressão neste local por abrigar uma floresta nacional, a BR 285 que corta o município em toda a sua extensão e que é ponto de ligação direta com o Mercosul e com o resto do país, sendo ainda importante divisor de águas e origem de nascentes de bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul.

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