Uma reunião em Brasília, nesta quarta-feira (17), no Ministério da Justiça, tratou dos conflitos agrários no Rio Grande do Sul, em especial a situação de tensão vivida no município de Sananduva. Estiveram presentes no encontro com o assessor especial do Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, Marcelo Veiga, o deputado estadual Altemir Tortelli, o deputado federal Marco Maia, o representante da Fetraf-Sul, Sidimar Lavandoski, e o prefeito de Sananduva, Antônio Roberto Caldato. Viegas garantiu que todos os processos de demarcação de terras e levantamentos estão suspensos.
Para o deputado Tortelli, a audiência foi positiva já que foi possível contextualizar a situação de violência vivida na última segunda-feira(15), em Sananduva, quando houve conflito entre índios e agricultores. Os representantes do Estado expuseram a decisão dos agricultores familiares que não deixarem suas propriedades. Eles não aceitam serem reassentados em outras áreas; muito menos serem somente indenizados por suas benfeitorias. Toda a comunidade está mobilizada e apoiando a luta dos agricultores pela permanência em suas terras.
Uma das reivindicações é a presença de uma efetiva segurança para as famílias com órgãos federais e do Estado. Viegas garantiu que esse pedido será encaminhado, inclusive com negociações junto ao Governo do Estado, para o aumento de segurança no local.
Também foram cobradas do Ministério da Justiça ações efetivas, como a definição da revisão dos estudos das demarcações de terras indígenas no Rio Grande do Sul. Essa decisão foi tomada ainda no mês de maio em reunião do governador Tarso Genro com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que iria determinar que a Embrapa, Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento realizassem uma nova análise dos estudos que estão em andamento e dos que já possuem portaria declaratória, e emitissem um parecer.











