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Missas e intenções: Papa Francisco aprova novo decreto para maior transparência Foram atualizados os regulamentos sobre intenções das Santas Missas e ofertas relacionadas, introduzindo regras mais claras para garantir transparência, exatidão e respeito pela vontade dos fiéis

Créditos: divulgação

O Dicastério para o Clero atualiza a disciplina relativa às intenções das Santas Missas e às ofertas relacionadas, introduzindo regras mais claras para garantir transparência, exatidão e respeito pela vontade dos fiéis. O decreto aprovado pelo Papa Francisco em forma específica no domiingo, 13 de abril, entrará em vigor no próximo dia 20 de abril, domingo de Páscoa.

A questão diz respeito a uma das formas mais concretas pelas quais os fiéis participam da vida da Igreja: solicitar que uma missa seja celebrada para os vivos ou para os falecidos. Um costume muito antigo, fundado em profundas motivações pastorais e espirituais, e até agora regido por condições que consentiam, de um lado, manter a palavra dada aos ofertantes e, do outro, evitar o perigo de “comércio” de coisas sagradas. Em virtude dessa prática, os fiéis, por meio da oferta, diz o texto, “desejam se unir mais estreitamente ao Sacrifício Eucarístico, acrescentando um sacrifício próprio e colaborando com as necessidades da Igreja e, em particular, contribuindo para a manutenção dos seus ministros sagrados”. Assim, os fiéis “se unem mais intimamente a Cristo que se oferece e são, em certo sentido, ainda mais profundamente inseridos na comunhão com Ele”, de acordo com um costume que “não só é aprovado pela Igreja, mas também é promovido por ela”.

O documento – que integra e especifica as normas já contidas no decreto Mos iugiter de 1991 – nasce para tratar de algumas questões críticas que surgiram na prática e especialmente com relação às missas com intenções “coletivas”, ou seja, celebrações com várias intenções no mesmo rito.

Em particular, o Dicastério liderado pelo cardeal Lazarus You Heung-sik estabelece que, se ordenado pelo conselho provincial ou pela reunião dos bispos da província, “os sacerdotes podem aceitar várias ofertas de ofertantes distintos, acumulando-as com outras e se satisfazendo com uma única missa, celebrada de acordo com uma única intenção ‘coletiva’, se – e somente se – todos os ofertantes tiverem sido informados e tiverem consentido livremente”. A esse respeito, fica explícito que, na ausência de “consentimento explícito”, a vontade dos ofertantes “nunca pode ser presumida”, ao contrário, “na ausência, sempre se presume que não foi dada”.

Se antes de tudo vier recomendado que “toda comunidade cristã tenha o cuidado de oferecer a possibilidade de celebrar missas diárias com uma única intenção”, o Decreto afirma que o sacerdote “pode celebrar missas diferentes também segundo intenções ‘coletivas’, entendendo-se que lhe é permitido reter, diariamente, apenas uma oferta para uma única intenção entre aquelas aceitas”.

Novamente, no decreto se renovam as disposições já em vigor, segundo as quais “o ministro, além das ofertas determinadas pela autoridade competente, para a administração dos sacramentos não deva pedir nada, sempre evitando que os mais necessitados sejam privados da ajuda dos sacramentos por causa da pobreza”. Além disso, é esclarecido que cada bispo diocesano pode, levando em consideração as circunstâncias específicas da Igreja particular e do seu clero, direcionar o destino das ofertas “para paróquias necessitadas em sua própria diocese ou em outras, especialmente nos países de missão”.

Os bispos e os párocos são chamados a ser vigilantes, assegurando que cada intenção e oferta seja registrada em registros especiais, e a garantir que fique clara para todos “a distinção entre a aplicação por uma intenção específica na Missa (mesmo que ‘coletiva’) e a simples lembrança durante uma celebração da Palavra ou em alguns momentos da celebração eucarística”. A esse respeito, é especificado que a “solicitação” ou mesmo apenas a “aceitação de ofertas” em relação aos dois últimos casos é “gravemente ilícita” e prevê o recurso a “medidas disciplinares e/ou penais”.

 

FONTE: VATICAN NEWS

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