Sansão, o cachorro da raça pitbull que inspirou a criação da lei contra maus-tratos a animais, morreu nesta quarta-feira (11/12). A informação foi compartilhada por sua tutora em uma rede social. Há quatro anos, o cão se tornou um símbolo após ter as patas traseiras arrancadas por agressores com o uso de um facão.
Em nota de pesar, divulgada no Instagram, Fernanda Braga, de 46 anos, informou que Sansão partiu de maneira “súbita” durante a tarde. No relato, ela afirmou que, durante o passeio, o pitbull começou a passar mal. A causa exata do óbito ainda é incerta.
“Hoje, com o coração apertado, compartilhamos a triste notícia do falecimento de Sansão, um cão que foi muito mais do que um animal de estimação; ele se tornou um símbolo de luta, resiliência e transformação“, escreveu a família.
Em 2020, o cachorro pitbull Sansão, de 2 anos, teve as duas patas traseiras decepadas no bairro Capim Seco, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Sansão pulou o muro do local onde ele ficava e entrou em confronto com o cão dos suspeitos. Para se vingarem, eles contaram as patas do animal com uma foice.
A tortura sofrida pelo animal inspirou a criação da Lei 14.064, que aumenta a pena para quem maltratar cães ou gatos.
- Sancionada em 2020, a Lei Sansão estabelece pena de 2 a 5 anos de reclusão para quem praticar atos de abuso, maus-tratos ou violência contra cães e gatos.
- O texto também prevê multa e proibição da guarda para quem praticar os atos contra esses animais. A pena é aumentada de um sexto a um terço se o crime causa a morte do animal.
- O termo “reclusão” indica que a punição pode ser cumprida em regime inicial fechado ou semiaberto, a depender do tempo total da condenação e dos antecedentes do réu.