As campanhas de vacinação infantil contra a poliomelite e contra o sarampo terão neste sábado (22) mais um Dia D, data quando os cerca de 1,8 mil postos de vacinação pelo Estado abrem extraordinariamente. Iniciada no último dia 8 deste mês, as campanhas já distribuíram mais de 560 mil doses das duas vacinas, o que representa cerca de 50% de cobertura. A meta é alcançar 95% ao término das campanhas, na próxima sexta-feira (28).
Os públicos alvos são crianças menores de 5 anos, com a campanha da pólio voltada para as maiores de 6 meses e a do sarampo para as maiores de 1 ano de idade. A Secretaria Estadual da Saúde (SES) faz aos pais e responsáveis a recomendação para que levem junto a caderneta de vacinação, para que a avaliação das doses de rotina seja realizada. A secretaria também pede que os casos nos quais as crianças tenham alergia ao leite de vaca sejam informados aos profissionais de saúde.
O calendário de rotina para a vacinação contra a pólio prevê as três doses no primeiro ano de vida (aos 2, 4 e 6 meses), com o complemento de dois reforços aos 15 meses e 4 anos de idade. Já a proteção contra o sarampo dá-se através da aplicação da vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), aos 12 meses, seguida da tetra viral aos 15 meses, que além das outras três doenças também previne a varicela (também conhecida como catapora).
Orientação à vacinação de crianças com alergia ao leite de vaca
Nesta semana, o Ministério da Saúde orientou que evite-se a vacinação contra o sarampo de crianças com histórico de alergia a leite de vaca com o produto fornecido pelo laboratório Serum Institutte of India Ltd. Após o informe, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) recomendou os municípios para, nesses casos, utilizem a vacina produzida pelo laboratório Sanofi Pasteur, também distribuída junto aos municípios. A recomendação da SES é que essas doses fiquem em locais estratégicos, para onde podem ser encaminhadas as crianças que chegarem a um posto de vacinação e informem a alergia à lactose.
A recomendação do Ministério da Saúde é preventiva, pois foram notificados alguns casos de reações adversas em crianças que têm alergia a leite de vaca após o uso da vacina do produtor Serum. Vale ressaltar que todas as crianças passam bem. Ao analisar a composição da vacina desse produtor, verificou-se a presença de lactoalbumina hidrolisada, produto que pode fazer parte de algumas vacinas. Segundo a bula da vacina, não seria uma contraindicação, mas mesmo assim os casos serão investigados.
Pólio
A poliomelite (também chamada de paralisia infantil) não tem casos registrados no Brasil desde 1990. Contudo, como seguem ocorrências em alguns países na Ásia e África, ainda faz-se necessária manter elevada cobertura vacinal de forma homogênea em todos os municípios para evitar a reintrodução do vírus selvagem no país.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), nos primeiros oito meses deste ano foram registrados 149 casos da doença, a maioria concentrada no Paquistão (117 casos), Afeganistão (8 casos) e Nigéria (6 casos), além de outros 18 casos espalhados por Somália, Guiné Equatorial, Iraque, Camarões, Síria, Etiópia e Quênia.
A pólio é uma doença infecto-contagiosa de origem viral, caracterizada por quadro de paralisia flácida de início súbito, principalmente nos membros inferiores. Sua transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pelas vias fecal-oral ou oral-oral (através de gotículas ao falar, tossir ou espirrar). Não existe tratamento específico, todas as vítimas de contágio devem ser hospitalizadas, fazendo tratamento de suporte.
Fonte: Assessoria Secretaria Estadual de Saúde/RS.











