Na tarde desta sexta-feira (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou que o preço da carne vai baixar e que a população “vai voltar a comer picanha”. A declaração remete ao discurso utilizado durante a campanha de 2022, quando se reelegeu para o terceiro mandato.
Durante um evento em Sorocaba (SP), Lula destacou que o governo tem promovido reuniões com produtores para buscar soluções que reduzam o custo dos alimentos. Ele reconheceu que, apesar do crescimento econômico e do menor nível de desemprego da história, os preços elevados continuam sendo um problema para os brasileiros.
O presidente também demonstrou indignação com a alta no preço dos ovos, afirmando que o Brasil deve produzir 59 bilhões de unidades neste ano, mas que o valor ao consumidor segue subindo. “Ovo está caro, e até hoje não encontrei explicação sobre isso. Estou querendo descobrir onde está o ladrão que roubou o direito de comer ovo do povo”, declarou.
Ele ironizou justificativas que apontam as ondas de calor como motivo para a redução na oferta de ovos, afirmando que não acredita que as galinhas tenham parado de botar. Lula citou ainda um levantamento que indicaria que o preço da cartela de 30 unidades subiu de R$ 144,05 para R$ 210 entre janeiro e fevereiro.
Como parte das medidas para conter a alta nos alimentos, o governo anunciou recentemente a redução de alíquotas de importação para produtos como carne, que passaram de 10,8% para 0%. Além disso, estão previstas reuniões com representantes do setor privado para discutir alternativas que garantam uma redução efetiva dos preços ao consumidor.