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Olívio Dutra recebe a Medalha do Mérito Legislativo A Medalha Mérito Legislativo Câmara dos Deputados foi entregue ao ex-governador Olívio Dutra pela deputada federal Maria do Rosário, proponente da distinção, e pelo presidente da Assembleia, Pepe Vargas

Fotos: Lucas Kloss/AL

O Salão Júlio de Castilhos da Assembleia Legislativa foi palco, na tarde de segunda-feira (19), de homenagem ao ex-governador Olívio Dutra, durante o ato de entrega da Medalha do Mérito Legislativo da Câmara dos Deputados, uma iniciativa da deputada federal Maria do Rosário (PT) em conjunto com a Presidência da ALRS, que sediou o evento. O ato reuniu expressivas lideranças políticas, artísticas e juvenis em torno de Olívio Dutra, cuja trajetória na organização política e social no RS e também como deputado Constituinte, em Brasília, transformou a homenagem em ato em defesa da democracia brasileira.

. Ao lado do homenageado estavam o atual líder da bancada do PT e ex-vice-governador no mandato de Olívio Dutra, Miguel Rossetto; o ex-governador Tarso Genro, o ex-deputado Raul Pont (PT), e o deputado federal Dionilson Marcon (PT), assim como representando o Tribunal de Justiça, o vice-presidente, desembargador Sérgio Miguel Achutti Blattes, e a subdefensora Pública Geral Aline Corrêa Lovato.

Após documentário sobre a vida e militância de Olívio Dutra, passando pela construção do Partido dos Trabalhadores, a eleição para prefeito de Porto Alegre em 1989, deputado federal constituinte (1987), governador do Rio Grande do Sul (1989) e Ministro das Cidades no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003), uma intervenção de dois jovens destacaram trechos da atuação política do homenageado, da luta sindical na liderança da greve dos bancários, no período da ditadura militar, à construção da legenda política e da luta por direitos civis.

A origem missioneira de Olívio Dutra foi cantada na voz de Demétrio Xavier, do Coletivo poético La gringa, que emendou com poesia de Carlos Drummond de Andrade e o próprio ex-governador encerrou referindo Martim Fierro.

A deputada Maria do Rosário destacou a importância da distinção, seu significado como a maior honraria da Câmara Federal, que na esfera federal atua como guardiã da democracia, “imperfeita, mas terrivelmente atacada no atual momento”, justificando assim a homenagem “para quem construiu essa democracia”. Destacou o empenho de Olívio Dutra em “valorizar a democracia como caminho para a luta do povo e a conquista de direitos”, inspiração que define a trajetória do ex-prefeito e ex-governador do Rio Grande do Sul. Lembrou da professora Judite Dutra, que esteve ao lado dele ao longo das últimas décadas, e encerrou conclamando que o seu exemplo inspire os lutadores sociais para que percebam que “a democracia é inegociável”.

O presidente Pepe Vargas lembrou a luta de Dutra à frente do Sindicato dos Bancários, no final dos anos 70, movimento que deu visibilidade às lutas sociais e que “deu percepção à sociedade de que a ditadura era feroz mas não era invencível, e permitiu que o povo brasileiro fosse aos poucos conquistando espaços democráticos”. Lembrou da experiência partidária à frente da Prefeitura de Porto Alegre, na construção do Orçamento Participativo, em direção à democracia participativa, ampliando os espaços de participação popular. “A trajetória de Olívio vem estimulando e sendo exemplo para gerações de militantes e lutadores que acreditam que é possível construir um novo mundo”, afirmou.

Na leitura da sua própria caminhada, Olívio Dutra agradeceu a homenagem e lembrou da presença do RS na luta em defesa da democracia e do estado de direito democrático e republicano. Referiu sua participação na Constituinte de 1988, a defesa da Constituinte Exclusiva, e os governos que assumiu logo em seguida, como prefeito da Capital e governador do RS, honrado no seu lado esquerdo da história, “porque lutamos pela justiça, igualdade e fraternidade, e em respeito à nossa mãe natureza”. E conclamou pela ampliação da luta em defesa da democracia, defendendo o seu aperfeiçoamento, “não por golpes, mas com o povo sendo sujeito, com o seu protagonismo”.

“A política é a construção do bem comum com o protagonismo das pessoas, não é o jogo da esperteza, é a construção da solidariedade”, definiu. Criticou a fragilidade atual diante das emendas parlamentares, “é apropriação privada do dinheiro público”, e pregou a continuidade “das nossas utopias” pela juventude.

Na plateia, com o Salão Júlio de Castilhos lotado por militantes partidários e sociais, sindicais e juventude, ocuparam a primeira fileira as deputadas Sofia Cavedon e Stela Farias (PT), Luciana Genro (PSOL), os deputados Frederico Antunes (PP), líder do governo, Halley Lino (PT), diversos ex-deputados petistas, como ex-preso político e ex-deputado Flávio Koutzi; também representação da bancada do PT na Câmara de Vereadores; o prefeito de Pelotas, Fernando Marroni; Edegar Pretto, presidente da CONAB, e ex-presidente da ALRS; representações de órgãos federais no RS, e dirigentes do Sindibancários, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, MST, dirigentes do Partido dos Trabalhadores e representações político-partidárias, assim como a Superintendente da ALRS, Mari Perusso.

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