O Banco Central (BC) informou neste sábado (6) que o Pix atingiu um novo recorde diário de transações. Apenas na sexta-feira (5), foram realizadas 290 milhões de operações, que somaram R$ 164,8 bilhões, o maior volume já registrado em um único dia.
O recorde anterior havia sido em junho, com 276,7 milhões de transações que movimentaram R$ 135,6 bilhões. Para o BC, o resultado reforça a importância do Pix como infraestrutura pública para a economia brasileira.
A nova marca ocorre em meio à ofensiva do governo dos Estados Unidos contra o sistema. Além de sobretaxar produtos brasileiros, Washington abriu uma investigação comercial contra o Brasil, alegando supostas práticas desleais em pagamentos eletrônicos. Gigantes como Google, Apple e Meta, que oferecem serviços concorrentes ao Pix, estão entre as interessadas no processo.
O governo brasileiro negou qualquer discriminação e destacou que o Pix ampliou a inclusão financeira, recebeu elogios de organismos como o FMI e a OCDE e promoveu maior concorrência no setor.
No mesmo dia do recorde, o BC anunciou medidas para reforçar a segurança. A principal mudança foi a criação de um limite de R$ 15 mil para transferências feitas por meio de instituições não autorizadas ou prestadores de tecnologia, canais que, segundo investigações, foram usados por criminosos para lavagem de dinheiro.
Além disso, novas regras exigirão aprovação prévia do BC para a entrada de instituições no sistema financeiro e certificação técnica para operação. A autoridade monetária avalia que as mudanças atingirão apenas 0,03% das contas ativas.
