Grupo Planalto de comunicação

PM ferido durante confronto com atirador em Novo Hamburgo recebe alta hospitalar Caso envolveu cerco policial de nove horas e resultou em cinco mortes e oito feridos

Foto: Divulgação

Um policial militar ferido durante um confronto armado no bairro Ouro Branco, em Novo Hamburgo, foi liberado do hospital. A operação, que teve duração de nove horas, ocorreu após Edson Fernando Crippa, de 45 anos, abrir fogo contra policiais e outras pessoas no local, resultando em cinco mortes, incluindo a do próprio atirador. Entre os feridos estão dois policiais militares e uma guarda municipal, Volmir de Souza, que se encontrava fora da casa no momento do ataque e foi atingido por disparos.

A ação aconteceu na Rua Adolfo Jaeger, onde Crippa mantinha seus pais em cárcere privado, segundo as autoridades. De acordo com a polícia, o pai de Crippa havia feito uma denúncia de maus-tratos, alertando sobre a situação. Quando os policiais chegaram ao local, foram recebidos a tiros pelo atirador, que se encontrava no interior da residência. Durante o cerco, Crippa disparou contra todas as pessoas próximas à entrada da casa, sem aviso prévio.

O tenente-coronel Alexandro Famoso, comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar (3º BPM) de Novo Hamburgo, informou que houve tentativas de negociação por telefone com Crippa, porém ele respondeu apenas com disparos. O cerco terminou após Crippa ser neutralizado pela polícia.

Entre as vítimas fatais, além de Crippa, estão dois policiais militares: Everton Kirsch Júnior, de 31 anos, e Rodrigo Weber Volz, de 31 anos. O pai de Crippa, Eugênio, de 74 anos, e o irmão, Everton, de 49 anos, também foram mortos no confronto.

Outras pessoas foram encaminhadas ao Hospital de São Leopoldo e ao Hospital Unimed de Novo Hamburgo para atendimento, incluindo Priscila Martins, de 41 anos, que foi atingida e transferida posteriormente para uma unidade clínica. As autoridades não divulgaram mais detalhes sobre o estado dos feridos.

Após o desfecho do cerco, a polícia encontrou quatro armas e grande quantidade de munição na casa do atirador, que tinha registro de colecionador, atirador esportivo e caçador (CAC), apesar de um histórico de problemas de saúde mental. A concessão de porte de armas a Crippa está sob investigação do Ministério Público Federal (MPF), em meio a questões sobre a adequação dos processos de controle para licenças de armas.

A tragédia gerou comoção e questionamentos sobre a segurança em processos de concessão de porte de armas, especialmente em casos onde o solicitante possui histórico de saúde mental comprometido.

Facebook
Twitter
WhatsApp