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Polícia Civil desarticula grande esquema de lavagem de dinheiro ligado a facção em operação histórica A operação mobilizou 200 policiais civis do Rio Grande do Sul e de outros quatro estados.

Divulgação Polícia Civil

Nesta quarta-feira (11), a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro (DRLD) do Denarc, realizou a Operação Beatus, com o objetivo de desmontar uma vasta rede de lavagem de dinheiro vinculada a uma organização criminosa do narcotráfico.

A operação mobilizou 200 policiais civis do Rio Grande do Sul e de outros quatro estados (Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Paraná) e contou com o suporte do Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos (GIE).

Durante a manhã, foram cumpridos 48 mandados de busca e apreensão e 17 de prisão preventiva. A ação resultou na apreensão de veículos de luxo e no bloqueio de bens imóveis e ativos bancários de pessoas físicas e empresas investigadas.

As ordens judiciais foram executadas em diversas cidades gaúchas, Porto Alegre, Canoas, Alvorada, Cachoeirinha, Novo Hamburgo, Parobé, Charqueadas, Montenegro, Capão da Canoa, Imbé, Gravataí, Gramado, Palmares do Sul, além de outras localidades nos estados envolvidos, como Camboriú (SC), Curitiba (PR) e Corumbá (MS). Até o momento, sete pessoas foram presas e cinco veículos de luxo apreendidos.

As investigações, que analisaram movimentações financeiras de 34 pessoas físicas e jurídicas, solicitaram 132 medidas como quebra de sigilos bancários e fiscais, além de 131 outras ações, totalizando 263 ordens judiciais.

Entre os bens bloqueados estão 15 fazendas no interior do Rio Grande do Sul, algumas com pista de pouso, e 13 imóveis de luxo em Porto Alegre, na Serra Gaúcha e em Santa Catarina. O total de bens e ativos sequestrados pode chegar a R$ 122 milhões.

Segundo o delegado Adriano Nonnenmacher, a organização criminosa movimentou mais de R$ 500 milhões. Somando operações anteriores, esse valor ultrapassa R$ 1 bilhão.

O grupo criminoso utilizava métodos sofisticados, como operações financeiras dissimuladas, empresas de fachada, “laranjas” e falsificação de dados fiscais. A estrutura era organizada de forma hierárquica, com líderes, gerentes financeiros e operadores que atuavam como empresários, comerciantes e profissionais liberais.

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