A Polícia Federal mantém uma atuação essencial para a segurança pública do país, especialmente no combate a crimes de repercussão interestadual e internacional. Em Passo Fundo, a instituição se consolidou como uma das principais referências investigativas do norte do Rio Grande do Sul, coordenando operações, monitorando organizações criminosas e enfrentando delitos que ultrapassam fronteiras. A circunscrição da unidade abrange cerca de 123 municípios, o que torna a sede local uma das mais estratégicas do estado.
Em entrevista à reportagem da Rádio Planalto News, o delegado Antonio Matheus Rocha Mallmann, de 33 anos, detalhou os desafios e o papel desempenhado pela corporação na região. O delegado ingressou na instituição há pouco mais de três anos, iniciou a carreira em Santo Ângelo e, nos últimos dois anos, passou a atuar diretamente em Passo Fundo.
Mallmann explicou que a Polícia Federal é responsável por conduzir investigações criminais de competência federal, atuando com foco em crimes contra bens e serviços da União, delitos transnacionais, organizações criminosas e ocorrências com impacto interestadual. Ele lembrou que essas funções são previstas no artigo 144 da Constituição Federal, que descreve de forma clara a divisão das atribuições entre as forças policiais.
Entre os principais focos de trabalho no norte do estado, o delegado destacou o combate ao tráfico internacional de drogas. Segundo ele, a região é utilizada por organizações criminosas como rota para movimentação de entorpecentes, o que exige monitoramento constante, ações integradas e aprofundamento investigativo. Mallmann afirmou que a PF mantém equipes especializadas para enfrentar esse tipo de crime e reforça parcerias com outras forças quando a dinâmica da atividade criminosa envolve diferentes estados.
Além do tráfico, a delegacia de Passo Fundo atua em crimes financeiros, casos de corrupção, fraudes previdenciárias, contrabando, crimes cibernéticos e lavagem de dinheiro. O delegado destacou que a modernização das práticas criminosas exige investimentos contínuos em inteligência, tecnologia e capacitação, elementos considerados fundamentais pela instituição.
Durante a entrevista, Mallmann também falou sobre sua trajetória pessoal e profissional. Ele relatou que iniciou os estudos para concursos ainda jovem, formou-se em Direito e passou por diferentes cargos na área policial antes de ingressar na Polícia Federal. Comentou ainda que enfrentou uma tragédia familiar com o assassinato do pai, situação que reforçou sua vocação para atuar em investigações criminais com seriedade e comprometimento.
Aos jovens que pretendem seguir carreira policial, especialmente como delegado federal, Mallmann orienta que a preparação seja contínua e direcionada. Ele lembrou que o concurso exige formação em Direito, três anos de prática jurídica ou policial e um processo rigoroso composto por provas escritas, peça jurídica, avaliação psicológica, testes físicos, fase oral e análise de títulos.
Ao final, o delegado ressaltou que a Polícia Federal atua de forma permanente em toda a circunscrição, reforçando a segurança na região norte. Ele garantiu que as investigações seguem em andamento e que a instituição permanece vigilante no combate a crimes federais, oferecendo respostas técnicas e qualificadas à sociedade.
Reportagem: Jeferson Vargas
Grupo Planalto de Comunicação
