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Polícia identifica 217 vítimas de homem preso por crimes sexuais contra crianças no RS Ramiro Gonzaga Barros, 36 anos, está preso desde janeiro. Investigação aponta que ele se passava por adolescentes nas redes sociais para aliciar meninas entre 8 e 13 anos.

Divulgação/PCRS Ramiro Gonzaga Barros foi preso em janeiro por posse de pornografia infantil

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul confirmou nesta quarta-feira (4) que já identificou 217 vítimas do investigado Ramiro Gonzaga Barros, de 36 anos, preso preventivamente desde janeiro em Taquara, na Região Metropolitana de Porto Alegre, por crimes sexuais contra crianças e adolescentes.

Segundo as investigações, Ramiro criava perfis falsos em redes sociais e se passava por adolescentes para atrair meninas com idades entre 8 e 13 anos. A maior parte dos casos envolve abusos cometidos no ambiente digital, o que configura estupro virtual.

Na terça-feira (3), ele teve um novo mandado de prisão preventiva cumprido, desta vez por estupro de vulnerável. De acordo com a Polícia, Ramiro teria abusado sexualmente de uma adolescente de 13 anos e registrado o ato em vídeo e fotos.

O delegado Valeriano Garcia Neto, responsável pelo caso, informou que as vítimas são de nove estados brasileiros. “Todas serão chamadas para prestar depoimento. É essencial para o andamento dos inquéritos e para que ele responda por todos os crimes cometidos”, afirmou.

A investigação começou após Ramiro ser flagrado com material de pornografia infantil, em janeiro. Desde então, ele já acumula outras acusações por produção e armazenamento de pornografia infantil e abuso sexual de menores.

Peritos do Instituto Geral de Perícias (IGP) identificaram cerca de 750 pastas digitais armazenadas em dispositivos do suspeito. Os arquivos estavam organizados com nomes, apelidos e perfis de redes sociais, o que permitiu o cruzamento de informações para localizar novas vítimas.

Conforme a Polícia, o suspeito iniciava contato com as meninas em redes sociais e aplicativos de mensagem. Após conquistar a confiança das vítimas, pedia imagens íntimas. Quando as meninas recusavam continuar, passava a ameaçá-las para obter mais conteúdo.

A Polícia Civil orienta que outras possíveis vítimas entrem em contato com a delegacia local ou com a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. A identidade das vítimas é preservada, e o caso segue sob segredo de Justiça.

O advogado Rodrigo Batista, que representa o investigado, informou por nota que “a defesa irá se manifestar tão logo o Judiciário confirme a informação”.

Fonte: G1

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