A Polícia Civil e a Brigada Militar realizaram uma operação conjunta nos municípios de Getúlio Vargas e Estação, no norte gaúcho, com o objetivo de coibir crimes de furto qualificado e recuperar produtos levados de uma empresa que atua no setor de artigos esportivos e táticos.
Batizada de “Mercado Paralelo“, a ofensiva é resultado de uma investigação iniciada em maio de 2025 pela Delegacia de Polícia de Getúlio Vargas. As apurações começaram após a empresa perceber o desaparecimento sistemático de produtos no estoque. Conforme a investigação, um trabalhador terceirizado, de 48 anos, que atuava em obras dentro da empresa, teria aproveitado o acesso ao local para furtar diversos itens como fardamentos, varas de pesca, carretilhas, equipamentos esportivos e até restos de chumbo utilizados na fabricação de produtos.
O material subtraído era repassado ao filho afetivo do investigado, um jovem de 21 anos, que ficava encarregado de comercializar os itens de forma clandestina. Conforme a polícia, as vendas alcançavam compradores tanto no Rio Grande do Sul quanto no Paraná, incluindo clientes ligados a instituições de segurança pública.
Com base nas informações reunidas ao longo das diligências, o delegado Jorge Fracaro Pierezan solicitou mandados de busca e apreensão, que foram autorizados pela Vara Criminal de Getúlio Vargas. Ao todo, 35 agentes cumpriram quatro ordens judiciais nas duas cidades.
Durante as buscas, diversos materiais ligados aos furtos foram encontrados, entre eles fardamentos e equipamentos esportivos. Os dois envolvidos foram levados até a Delegacia de Polícia para prestar esclarecimentos e poderão responder pelo crime de furto qualificado, cuja pena pode variar de dois a oito anos de prisão, além de multa.