A Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira (5) Ricardo Jardim, de 65 anos, suspeito de deixar uma mala com o torso de uma mulher no guarda-volumes da rodoviária de Porto Alegre. O homem já havia sido condenado em 2018 a 28 anos de prisão por matar e concretar o corpo da própria mãe em 2015, mas estava em liberdade após progressão de regime e atualmente era considerado foragido.
De acordo com a investigação, a vítima do novo crime é uma mulher de cerca de 50 anos, que seria namorada do suspeito. Uma semana antes, braços e pernas da mesma vítima haviam sido encontrados em sacolas de lixo na Zona Leste da capital. A identificação foi confirmada por exame de DNA. O crânio ainda não foi localizado, e a polícia trabalha com a hipótese de que poderia haver um “terceiro ato” planejado por Jardim.
Segundo o delegado Alexandre Souza, o crime teria sido cometido “como uma afronta à sociedade e à polícia”. O suspeito é descrito como alguém com comportamento psicopata, que utilizava perfis falsos criados por inteligência artificial para atrair mulheres.
As investigações apontam que o crime foi executado em etapas planejadas: primeiro, em local ermo, com o descarte dos membros da vítima, e depois em um espaço de grande circulação, como a rodoviária. A mala permaneceu 12 dias no guarda-volumes até que funcionários, incomodados pelo forte odor, a abriram e encontraram os restos mortais, acionando imediatamente a polícia.
Imagens de câmeras de segurança foram fundamentais para a prisão. No primeiro registro, ele aparece carregando e deixando a mala na rodoviária de Porto Alegre. Depois, em outra gravação obtida pela polícia em um mercado na Zona Norte da capital, Jardim foi filmado retirando a máscara do rosto — detalhe que possibilitou confirmar sua identidade e ligar as duas cenas.
A Polícia Civil investiga se outras pessoas participaram do crime e segue em busca do crânio da vítima.
Confira o vídeo obtido por nossa reportagem da ação do criminoso:
Reportagem: Redação
Grupo Planalto de Comunicação
