Uma comitiva formada por autoridades municipais brasileiras deixou o território israelense e chegou em segurança à Jordânia, na manhã desta segunda-feira (16), segundo confirmou a Confederação Nacional de Municípios (CNM). A saída ocorreu por meio da fronteira terrestre entre os dois países, com o grupo realizando o trajeto em um ônibus.
A expectativa é que os representantes embarquem em um voo particular com destino ao Brasil ainda nesta semana. Segundo o senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel, a comitiva era composta por 12 pessoas, mas um dos integrantes optou por permanecer em Israel, temendo possíveis bombardeios durante a viagem.
Os nomes dos integrantes deste primeiro grupo não foram divulgados oficialmente, mas a CNM informou que são prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e secretários de diferentes cidades brasileiras. Ainda de acordo com Viana, nove dos brasileiros que chegaram à Jordânia devem seguir viagem até a Arábia Saudita, em um trajeto que não foi detalhado por razões de segurança.
A estimativa do parlamentar é de que pelo menos 47 representantes brasileiros ainda estejam em Israel, e a retirada desses cidadãos dependerá da evolução do conflito na região. Há também uma preocupação crescente com os turistas brasileiros. O grupo parlamentar solicitou à embaixada de Israel um levantamento sobre o número de brasileiros que permanecem no país com visto de turismo, visando avaliar a necessidade de uma eventual operação de resgate com aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB).
Na última sexta-feira (13), a Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal elaborou um mapeamento das autoridades brasileiras que permanecem em áreas de conflito. A comissão, presidida pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS), também solicitou o apoio da FAB para facilitar a repatriação dos cidadãos.
Entre os brasileiros ainda presentes em Israel estão prefeitos e vice-prefeitos de capitais e cidades do interior, além de secretários estaduais e municipais, representantes do governo do Distrito Federal, do Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia e membros do Consórcio Brasil Central.
A movimentação ocorre em meio à escalada de tensão na região, e o governo brasileiro acompanha a situação de perto para garantir a segurança e o retorno dos seus representantes ao país.