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Porca Véia: o legado de um dos maiores músicos nativistas do Rio Grande do Sul Com uma trajetória marcada por talento e dedicação, o músico gaúcho deixou um importante legado na cultura tradicionalista

Foto: divulgação

Filho de Julieta da Rosa Xavier e Lauro Nunes Xavier, Élio da Rosa Xavier, o Porca Véia, nasceu em Lagoa Vermelha e desde pequeno esteve cercado pela música. Criado em uma família com muitos músicos amadores, começou sua trajetória artística aos seis anos de idade, até os 16 anos, trabalhou como produtor rural posteriormente, cursou técnico agrícola, período em que recebeu o apelido que se tornou seu nome artístico.

Destacando-se como instrumentista, venceu diversos festivais e conquistou dezenove dos vinte concursos de gaiteiros dos quais participou. Sua maestria no acordeão o levou a se apresentar ao lado de grandes nomes da música gaúcha, como Kleiton e Kledir, em palcos renomados como o Canecão, no Rio de Janeiro, e o Palace, em São Paulo. Seu talento rendeu-lhe dois Discos de Ouro.

Fundador e líder do Grupo Musical Cordiona, Porca Véia se tornou uma referência nos bailes fandangueiros. Durante sua carreira, gravou 21 CDs e três DVDs, consolidando-se como um dos principais nomes da música nativista. Ao longo de sua trajetória, foi agraciado com diversos títulos honorários, incluindo Comendador da Brigada Militar e Destaque Musical.

Em 2009, casou-se com a catarinense Claudinéia Aparecida Bossardi, em Curitibanos. De relacionamentos anteriores, teve quatro filhos: Alliny Ferreira Xavier, Diego Eberhardt Xavier, Juliana de Araújo Xavier Pinto e Maria Gabriela.

Após 33 anos de carreira, anunciou sua aposentadoria dos palcos, encerrando sua trajetória musical em um grande show no pavilhão da Festa da Uva, em 28 de dezembro de 2013. O evento reuniu cerca de 5 mil pessoas e contou com participações de grandes artistas, como Renato Borghetti, Yamandu Costa, Daltro Bertussi e Luiz Carlos Borges.

Porca Véia faleceu no dia 12 de junho de 2020, aos 68 anos, no Hospital Regina, em Novo Hamburgo, vítima de uma parada cardíaca. Seu sepultamento ocorreu no Cemitério Municipal Morada do Sol, em Ivoti, em uma cerimônia restrita à família devido à pandemia de COVID-19.

O legado do músico permanece vivo, sendo referência para as novas gerações da música tradicionalista gaúcha.

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