Grupo Planalto de comunicação

Preço do ovo pode bater novos recordes por causa da onda de calor Baixa disponibilidade de ovos no mercado interno e a demanda aquecida dão suporte às cotações

O preço do ovo atingiu novos recordes em fevereiro, informou, na sexta-feira (21/2), o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Os pesquisadores avaliam que a baixa oferta do produto no mercado e a demanda aquecida dão suporte às cotações. E mais um fator pode contribuir com a manutenção dessa tendência de aumento, com a possibilidade de novas marcas históricas: a quarta onda de calor prevista para o território nacional.

Uma onda de calor se forma quando os termômetros marcam temperaturas 5°C acima das médias de uma determinada região por pelo menos três dias. Para a avicultura, a manutenção de um clima adequado é fundamental no manejo. Com as altas temperaturas, pode cair a produtividade das galinhas poedeiras. A qualidade e a durabilidade dos ovos também podem ser prejudicadas, acentuando a situação que já é de oferta limitada do produto.

Esta nova onda de calor que está se formando no Brasil está associada a uma bolha que está entre a Argentina, o Uruguai e o Paraguai, de acordo com a MetSul Meteorologia. Com a proximidade dos países da América do Sul, o Rio Grande do Sul será um dos Estados atingidos, mas não o único. O calor intenso também fará parte do clima de Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Em São Paulo e Rio de Janeiro, onde os termômetros ainda seguem com números elevados em razão da terceira onda do ano, o nível alto de calor irá se manter com a chegada de um novo fenômeno.

Em meio a este cenário, as vendas de ovos perderam ritmo nos últimos dias, informa o Cepea. “Embora as vendas tenham se desacelerado, como é típico neste período do mês, a baixa oferta ainda sustenta os preços nas praças acompanhadas”.

Entre 12 e 19 de fevereiro, as cotações do ovo branco a retirar (FOB) em Santa Maria de Jetibá (ES) avançaram 1,1%, para R$ 236,21 na quarta-feira (19/2). Quanto ao produto vermelho, os preços aumentaram 5% no mesmo período, a R$ 276,54 a caixa. “Ambas médias são recordes diários reais da série do Cepea”, informa o boletim.

Fonte: Globo Rural

Facebook
Twitter
WhatsApp