Com Lidiane Leite (PP) foragida da Polícia Federal (PF), o Município de Bom Jardim (MA) ficou sem ninguém à frente da prefeitura. Segundo o presidente da Câmara Municipal Aarão Silva, a vice-prefeita Malrinete Gralhadas (PPS) não pode assumir o cargo até que haja o afastamento da prefeita. Os vereadores estão impedidos de realizar votação por causa de uma cautelar obtida por Lidiane na Justiça que proíbe a câmara, que já a afastou duas vezes, de realizar novo processo.
Agora, só Justiça poderá suspender a cautelar ou determinar novo afastamento da prefeita, que já foi afastada três vezes. Na primeira vez, em abril de 2014, ela foi afastada pelo prazo de 30 dias após denúncias de improbidade administrativa e retornou ao cargo em 72 horas, depois de obter liminar na Justiça.
Na segunda, o juiz Raul Goulart Júnior determinou o afastamento da prefeita pelo período de 180 dias, em dezembro de 2014, após ela ter descumprido decisão judicial que a condenava a regularizar as aulas, a merenda e o transporte na rede municipal de ensino. A liminar teria sido suspensa pelo Tribunal de Justiça do Maranhão em 48 horas.
A Associação dos Magistrados do Maranhão afirma que, após o afastamento e retorno ao cargo, Lidiane teria ajuizado 11 ações iguais pedindo a declaração da suspeição do magistrado junto ao TJ-MA com o objetivo de afastá-lo do cargo. Destas, oito já teriam sido julgadas e indeferidas.
A câmara afastou a prefeita novamente em maio deste ano. Desta vez, os vereadores votaram pedido de afastamento requerido pelo Sindicato dos Professores Municipais de Bom Jardim por falta de prestação de contas referentes à educação. Ela conseguiu voltar ao cargo em apenas 72 horas.