O primeiro dia do julgamento dos irmãos Fernanda Rizzoto e Claudiomir Rizotto, acusados de serem os mandantes da chacina da Cohab, começou na manhã desta quinta-feira (13), no Fórum de Passo Fundo. O crime, que chocou todo o estado em maio de 2020, vitimou Diênifer Pádia (26 anos), Alessandro dos Santos (35 anos) e Kétlyn Pádia dos Santos (15 anos).
A sessão teve início com cerca de duas horas de atraso em relação ao horário previsto, e o Fórum registrou reforço no esquema de segurança. A Brigada Militar acompanhou o julgamento e realizou bloqueios pontuais nas ruas próximas. O clima no plenário era de expectativa e tensão, já que os réus permanecem presos desde o segundo semestre de 2024, após terem ficado foragidos por mais de quatro anos.
Conforme a acusação, Claudiomir Rizzoto teria intermediado pagamentos e auxiliado na busca por executores. O Ministério Público sustenta que o alvo principal era Diênifer e que Alessandro e Kétlyn foram mortos para eliminar testemunhas, numa ação de “queima de arquivo”.
Já a defesa antecipou que buscará apontar contradições nas provas e nos depoimentos, sustentando que Claudiomir manteve uma versão coerente desde o início e que Fernanda tentará desvincular o irmão das decisões centrais. Um dos pontos marcantes do primeiro dia foi a ausência de Catarina Margarida da Rosa, mãe de Diênifer, que estava na lista de testemunhas, mas faleceu no domingo (9), antes do início do júri. Sua morte gerou impacto emocional entre os presentes e alterou a estratégia da acusação.
O julgamento deve prosseguir nesta sexta-feira (14), com o depoimento de testemunhas, a apresentação de provas e os primeiros debates entre as partes. A expectativa é de que o júri se estenda por mais um dia, conforme a 1ª Vara Criminal Especializada.
O Grupo Planalto de Comunicação acompanha todos os detalhes do julgamento e seguirá atualizando as informações sobre um dos casos de maior repercussão dos últimos anos em Passo Fundo e no Rio Grande do Sul.
