Na tarde desta segunda-feira (2), a Polícia Civil de Marau realizou a prisão preventiva de um homem de 34 anos, suspeito de crimes de abuso sexual contra crianças e adolescentes (sempre masculinos). O homem, que atuava como professor em diversas instituições no município, está sendo investigado por estupro de vulnerável e importunação sexual.
Em entrevista à Tua Rádio Alvorada de Marau, que obteve as informações com exclusividade, o delegado Norberto Rodrigues, responsável pela operação, detalhou o caso.
Segundo o delegado, as denúncias começaram a surgir há cerca de dois a três meses, incluindo relatos encaminhados pela Secretaria de Educação.
“É uma situação gravíssima. Com as investigações em andamento, conseguimos reunir indícios contundentes de comportamentos sexuais contra crianças e adolescentes, os quais ele dava aula. Diante da gravidade dos fatos, solicitamos a prisão preventiva para garantir que ele não permanecesse em liberdade”, destacou o delegado.
O mandado de prisão foi cumprido no início da tarde de hoje. Após os procedimentos na delegacia, o suspeito será encaminhado ao Presídio Regional de Passo Fundo. A Polícia Civil estima concluir o inquérito nos próximos 10 dias e encaminhar o relatório ao Poder Judiciário.
Segundo o delegado, a investigação é delicada e exige cautela para confirmar as provas e apurar todos os detalhes. “Sabemos que é uma questão sensível e difícil para as famílias e para as vítimas admitirem. Por isso, reforçamos o apelo para que pais de crianças e adolescentes que tenham qualquer informação ou suspeita denunciem. É fundamental que esses casos sejam reportados para que possamos dar uma resposta contundente”, afirmou o delegado.
O caso chocou a comunidade de Marau e reforçou a necessidade de vigilância nas relações entre educadores e alunos. A Polícia Civil não descarta a possibilidade de surgirem novas denúncias após a prisão.
“Com essa prisão, outras vítimas podem se sentir encorajadas a falar. Nosso trabalho é garantir justiça para essas crianças e adolescentes e coibir comportamentos inaceitáveis como este”, concluiu o delegado.