Na sexta reunião entre a direção do Sindicato dos Servidores Municipais de Passo Fundo (Simpasso) e o executivo municipal para a discussão sobre o reajuste salarial dos municipários, realizada na manhã de quinta-feira, 19, pela primeira vez o sindicato apresentou uma contra-proposta. O índice original, de 13,01% apresentado pelo Simpasso já não existe mais e o número com o qual o sindicato trabalha no momento é de 10%.
A proposta é de que sejam pagos 7% imediatamente no mês de março e os outros 3% sejam diluídos em três parcelas de 1% cada, pagos nos meses de agosto, outubro e dezembro. O município apresentou a proposta de reajuste de 7,7%, sendo que 5,5% seriam pagos já no mês de março e os outros 2,2% no mês de agosto, o que prontamente foi negado pelo Simpasso.
O secretário de Finanças Gilberto Bedin tomou a palavra e disse que de acordo com a previsão orçamentária do município para 2015, a proposta que o executivo pode viabilizar nesse momento é de 7,7%, sendo 5,5% em março e 2,2% para o mês de agosto. Diante disso, o presidente do Simpasso, Marcelo Domingues Ebling disse que a partir desse momento as conversas começaram a acontecer e que o sindicato tinha uma contra-proposta a ser apresentada, com 10% de reajuste, sendo 7% imediatamente e os outros 3% a partir do mês de julho. “Qualquer proposta longe disso será recusada pela categoria”, disse Ebling.
Segundo Bedin ” o nosso cenário hoje é de redução real nos custos do município”. O prefeito Luciano Azevedo (PPS) afirmou que esteve examinando os índices que são oferecidos em outros municípios do Rio Grande do Sul, do mesmo porte de Passo Fundo e que nenhum deles está oferecendo números tão altos quanto os que estão sendo oferecidos aqui.
O procurador do município, Adolfo Freitas atentou também para as questões legais, que impediriam um número maior do que o apresentado para o reajuste. “Estamos hoje com 57,1% e qualquer número acima do índice considerado legal pelo Tribunal de Contas do Estado, podemos sofrer as consequências. É um risco muito grande e há uma dificuldade para evoluirmos acima dos 7,7%”.
Depois de todo o debate, o município ofereceu 6,7% de forma imediata e 1% no mês de julho, o que também foi recusado pelo Simpasso, que manteve o pedido de 10%, conforme já citado anteriormente. Apesar da evolução na conversa, não houve qualquer definição e um novo encontro foi marcado para às 15 horas de quinta-feira, 19, no gabinete do prefeito Luciano Azevedo. A reportagem da Planalto AM acompanha e traz as informações ao vivo na programação.











