A decisão do ex-secretário de Infraestrutura, Caleb de Oliveira (PSB), de aceitar o convite do governador Tarso Genro e permanecer no governo, mesmo após o desembarque do PSB da base de apoio do Piratini, pode decretar a expulsão do socialista. De acordo com o presidente estadual da sigla, deputado Beto Albuquerque, a situação de Caleb deve ser encaminhada ao Conselho de Ética do partido. Beto minimizou a importância do caso com o correligionário e disse que tinha ‘coisas mais importantes para fazer’.
“Fomos coerentes com os apelos da sociedade que foi às ruas. Agora, se alguns filiados querem ser incoerentes, saibam que haverá consequências, Eu não tenho mais tempo para discutir isso”, disparou. Irritado, Beto Albuquerque manifestou sua visão de que a postura de Caleb é anti-ideológica. “Se ele (Caleb) acha que o salário de R$ 15 mil é mais importante que a ideologia do partido, que fique no governo”, criticou.
Beto negou, no entanto, que a reunião do partido marcada para este final de semana tratará do assunto. Segundo ele, o encontro que estava marcado antes do episódio Caleb reunirá prefeitos e vereadores gaúchos do partido para discutir as eleições.
De acordo com o Código de Ética do PSB, um filiado pode ser expulso caso haja de forma contrária às deliberações do partido. Também estão previstas sanções que variam desde uma advertência à suspensão do direito de voto nas reuniões da sigla.