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Putin admite atividade de sistema antiaéreo russo durante queda de avião no Cazaquistão Azerbaijão aponta interferência física externa como causa do incidente

Vladimir Putin conversou com presidente do Azerbaijão por telefone

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, reconheceu que o sistema antiaéreo russo estava em operação na quarta-feira (25), momento em que um avião Embraer 100 da Azerbaijan Airlines caiu ao tentar pousar em Grozny, na República da Chechênia. O acidente, que deixou 38 mortos entre as 67 pessoas a bordo, ocorreu durante um período de ataques de drones ucranianos, conforme relatado por Putin ao presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev.

Apesar de confirmar a atividade de defesa aérea, Putin não declarou se o avião foi atingido por mísseis russos. Ele se desculpou pelo incidente em nome da Rússia, destacando a gravidade do ocorrido no espaço aéreo do país. “Vladimir Putin pediu desculpas pelo fato deste trágico incidente ter ocorrido no espaço aéreo russo”, informou o Kremlin em comunicado oficial.

Aliev, por sua vez, apontou sinais de “interferência física externa” como a causa da queda da aeronave, mencionando múltiplos buracos na fuselagem e os ferimentos nos passageiros como evidências. Ele reforçou a necessidade de uma investigação detalhada para esclarecer o caso, que levanta suspeitas de possível envolvimento do sistema de defesa russo.

Especialistas ocidentais analisaram as imagens do avião e afirmaram que os danos são consistentes com o impacto de mísseis terra-ar. A vice-presidente da União Europeia, Kaja Kallas, pediu uma investigação internacional independente, classificando o incidente como “um lembrete forte” do caso do voo MH17 da Malaysia Airlines, abatido em 2014 no leste da Ucrânia.

Enquanto as investigações prosseguem, a tragédia coloca novamente em foco as tensões na região e a atuação da defesa aérea russa, em um cenário já marcado por conflitos e incertezas.

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